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CONSELHO DE ÉTICA APROVA CASSAÇÃO DE CHIQUINHO BRAZÃO NO CASO MARIELLE: JUSTIÇA MAIS PRÓXIMA

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Em uma decisão histórica, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, o parecer que recomenda a cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Brazão agora enfrenta a possibilidade de perder seu mandato parlamentar.

O parecer, elaborado pela deputada Jack Rocha (PT-ES), foi aprovado por 15 votos a favor, um contra e uma abstenção. A relatora destacou que as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentaram provas robustas de que Brazão cometeu irregularidades graves no desempenho de seu mandato, afetando a dignidade da representação popular.

Chiquinho Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, ocorrido em 2018. A vereadora, conhecida por sua luta pelos direitos humanos e contra a violência policial, foi morta a tiros junto com seu motorista, Anderson Gomes, em um crime que chocou o país. A defesa de Brazão argumentou que ele é inocente e que a vereadora era sua amiga, mas as evidências apresentadas pela relatora foram consideradas suficientes para justificar a cassação.

Com a aprovação do parecer pelo Conselho de Ética, o caso segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados. Para que o mandato de Brazão seja cassado, são necessários ao menos 257 votos favoráveis dos deputados. A defesa do parlamentar ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que terá cinco dias para analisar o pedido.

A decisão do Conselho de Ética é vista como um passo importante na busca por justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes. A relatora Jack Rocha enfatizou a necessidade de uma resposta firme do Legislativo diante de um ato de brutalidade e violência política. A aprovação do parecer foi recebida com aplausos por parlamentares do PSOL, partido ao qual Marielle era filiada, e por ativistas dos direitos humanos.

O assassinato de Marielle Franco se tornou um símbolo da luta contra a violência política e a impunidade no Brasil. A decisão do Conselho de Ética de recomendar a cassação de Chiquinho Brazão é vista como um marco na defesa da democracia e dos direitos humanos no país. A expectativa agora é que o plenário da Câmara dos Deputados confirme a decisão e que a justiça seja feita.

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