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DÉFICIT HABITACIONAL NO BRASIL: UM DESAFIO DE R$2 TRILHÕES

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O Brasil enfrenta um desafio monumental para resolver seu déficit habitacional. Segundo um estudo apresentado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o país precisaria investir quase R$ 2 trilhões em moradias até 2033 para acabar com o déficit habitacional.

Este valor, que corresponde a um aporte anual de R$ 197,5 bilhões, leva em conta o déficit habitacional atual de 6,26 milhões de moradias e a projeção de demanda por habitações nos próximos 10 anos, de 6,59 milhões. A maior parte do déficit e da demanda futura se concentra na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), voltada para aqueles que ganham até R$ 2.640 mensais.

Se os investimentos necessários forem realizados anualmente, a produção das novas moradias poderia gerar um investimento total de R$ 485,3 bilhões por ano, considerando os efeitos no próprio setor, na cadeia de suprimentos e no restante da economia. Este movimento poderia levar a um incremento de R$ 220,4 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, correspondendo a uma alta de 2,1% ao ano.

Além disso, a arrecadação também cresceria, cerca de R$ 122,77 bilhões, e este investimento seria capaz de gerar ao ano 2,57 milhões de novos postos de trabalho. No entanto, para que o déficit atual fosse zerado de uma só vez, seria necessário um investimento de R$ 961,5 bilhões.

A Cbic destaca que, dada a dificuldade de encontrar fontes de recursos, esse cenário é improvável. Para efeito de comparação, o volume de recursos anunciados para o MCMV no período 2023-26, somados às contrapartidas, resulta em R$ 394,1 bilhões, ou seja, há um hiato de R$ 567,46 bilhões.

Este estudo lança luz sobre a gravidade do déficit habitacional no Brasil e a necessidade urgente de investimentos significativos para resolver essa questão. Ainda aguardamos mais detalhes sobre como o governo planeja enfrentar esse desafio.

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