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AGU E ELETROBRAS SOLICITAM MAIS TEMPO AO STF PARA RESOLVER IMPASSE SOBRE PARTICIPAÇÃO GOVERNAMENTAL

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A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Eletrobras pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma prorrogação de 90 dias para continuar as negociações sobre a participação do governo federal na administração da companhia. O pedido foi enviado ao ministro Nunes Marques, relator do caso, na última terça-feira (17).

Desde a privatização da Eletrobras em 2022, o governo federal tem enfrentado desafios para exercer seu poder de voto na companhia. Atualmente, a União detém 42% das ações ordinárias, mas possui apenas 10% dos direitos de voto, o que tem gerado disputas sobre a influência do governo na administração da empresa.

A solicitação de prorrogação foi feita em conjunto pela AGU e pela Eletrobras, que afirmaram estar empenhadas em alcançar um consenso. No entanto, destacaram a complexidade e a sensibilidade dos temas envolvidos, que exigem discussões aprofundadas e detalhadas. “Não basta simplesmente alcançar um consenso superficial; é imperativo que todas as questões, mesmo as mais técnicas e controversas, sejam cuidadosamente examinadas e discutidas”, afirmaram as partes no pedido.

O caso está sendo tratado na Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal, criada para facilitar uma solução amigável entre o governo e a Eletrobras. Esta é a terceira prorrogação solicitada pelas partes, com o objetivo de garantir uma resolução robusta e juridicamente segura, evitando futuras disputas ou incertezas.

A prorrogação das negociações foi recebida com certa decepção pelo mercado, que esperava uma resolução mais rápida. No entanto, especialistas apontam que a abordagem cautelosa é necessária para garantir a estabilidade e a confiança nas relações jurídicas entre o governo e a Eletrobras.

Com a prorrogação, a expectativa é que as partes utilizem o tempo adicional para resolver todas as questões pendentes e apresentar um acordo definitivo ao STF. O desfecho do caso terá um impacto significativo na ordem econômico-social do país, especialmente no setor de energia.

A solicitação de mais 90 dias para as negociações entre a AGU e a Eletrobras reflete a complexidade e a importância do tema. A busca por uma solução consensual e juridicamente segura é crucial para garantir a estabilidade e a previsibilidade nas relações entre o governo e a companhia.

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