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ALERTA AMARELO: CIENTISTAS PREVEEM NOVO RISCO DE MORTANDADE DE BOTOS NO AMAZONAS

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O Instituto Mamirauá emitiu um alerta amarelo para o risco de mortandade de botos no Lago de Tefé, no Amazonas. A cientista Miriam Marmontel, líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, destacou que as condições ambientais atuais são preocupantes e podem levar a um novo evento de mortandade semelhante ao ocorrido em 2023.

Em 2023, uma severa estiagem resultou na morte de 209 botos no Lago de Tefé, sendo 178 deles botos-vermelhos, um símbolo da Amazônia. A baixa profundidade do lago e as altas temperaturas da água, que ultrapassaram 40°C, foram os principais fatores que contribuíram para essa tragédia.

Atualmente, o nível da água no Lago de Tefé está diminuindo cerca de 30 centímetros por dia, e praias já começam a aparecer. Embora a temperatura da água esteja em torno de 30°C e o comportamento dos animais pareça normal, os cientistas estão em alerta devido às condições ambientais que podem se agravar.

Para mitigar os impactos de um possível novo evento de mortandade, o Instituto Mamirauá está realizando um monitoramento intensivo dos botos. Equipes foram deslocadas para capturar temporariamente os animais e equipá-los com dispositivos de rastreamento e identificação. Além disso, amostras de sangue e secreções de mucosas estão sendo coletadas para detectar possíveis agentes infecciosos, contaminantes ou biotoxinas.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, declarou situação de emergência e emergência em saúde pública em todos os 62 municípios do estado devido à estiagem, que é considerada a pior dos últimos 44 anos. Essa medida visa preparar o estado para enfrentar os desafios impostos pela seca e proteger a fauna local, incluindo os botos.

Os botos são espécies com um ciclo reprodutivo lento, o que os torna especialmente vulneráveis a ameaças ambientais. A mortandade de 2023 resultou em uma diminuição de cerca de 15% na população de botos no Lago de Tefé. Portanto, a conservação desses animais é crucial para manter o equilíbrio ecológico da região.

O alerta amarelo emitido pelo Instituto Mamirauá serve como um chamado à ação para proteger esses animais icônicos da Amazônia e garantir que eventos trágicos como o de 2023 não se repitam.

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