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ALERTA NO RS: DENÚNCIAS DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES CRESCEM 23,5% EM UM ANO

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O Rio Grande do Sul registrou um aumento alarmante de 23,5% nas denúncias de violência contra mulheres no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Ligue 180, canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que recebeu 4.130 denúncias entre janeiro e julho deste ano.

Entre as denúncias realizadas, 2.432 foram feitas pelas próprias vítimas, enquanto as demais foram registradas por terceiros. A maioria das agressões ocorreu dentro de casa, com 1.857 casos reportados nesse contexto. Esse aumento significativo reflete tanto uma maior conscientização das vítimas sobre a importância de denunciar quanto a persistência do problema da violência doméstica no estado.

A maior parte das denunciantes são mulheres autodeclaradas brancas, com idade entre 45 e 49 anos. Esposos e companheiros (ou ex-companheiros) são os principais agressores, com 1.795 registros de violência. Esses dados destacam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para proteger as mulheres e punir os agressores.

Em resposta ao aumento das denúncias, o governo federal lançou a campanha “Feminicídio Zero — Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, que visa conscientizar a população sobre a gravidade da violência de gênero e promover ações para prevenir e combater esses crimes. A campanha faz parte das comemorações dos 18 anos da Lei Maria da Penha e do “Agosto Lilás”, mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher.

O Ligue 180 é um serviço essencial para o enfrentamento da violência contra a mulher, funcionando 24 horas por dia, todos os dias da semana. Além de receber denúncias, o canal orienta as mulheres sobre seus direitos e os serviços especializados disponíveis. “Às vezes, a mulher tem medo de seguir em frente com uma denúncia, porque acha que vai perder a casa ou a guarda dos filhos. As atendentes do canal repassam informações importantíssimas para que as vítimas se sintam seguras e acolhidas”, explica Ellen Costa, coordenadora-geral da Central de Atendimento à Mulher.

Com o aumento das denúncias, é crucial que as autoridades intensifiquem as ações de combate à violência contra a mulher e garantam a proteção das vítimas. A sociedade também tem um papel fundamental ao apoiar as mulheres que denunciam e ao promover uma cultura de respeito e igualdade.

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