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CÂMARA DOS DEPUTADOS AFIRMA AO STF: “NÃO PODEMOS COLABORAR COM INFORMAÇÕES SOBRE PATROCINADORES DE EMENDAS”

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Em um movimento que promete acirrar ainda mais os debates sobre transparência no uso de recursos públicos, a Câmara dos Deputados declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem como fornecer informações sobre os “patrocinadores” das emendas de comissão (RP8). A justificativa apresentada é que a figura do patrocinador não existe formalmente na Casa.

A declaração da Câmara surge em meio a esforços para acabar com o chamado “orçamento secreto”, uma prática que foi barrada pelo STF no ano passado. As emendas de comissão passaram a ser utilizadas com mais frequência após a proibição das emendas de relator (RP9), que eram o principal mecanismo do orçamento secreto.

Segundo a Câmara, as atas parlamentares indicam as emendas de comissão, mas não detalham para quais beneficiários os recursos são destinados. Essa falta de especificidade é um dos pontos centrais da discussão, já que o STF, sob a relatoria do ministro Flávio Dino, incluiu as emendas de comissão na discussão sobre transparência.

O Senado Federal endossou a posição da Câmara, afirmando que as emendas de comissão não foram objeto da decisão do STF que barrou o orçamento secreto. No entanto, o STF argumenta que a falta de publicidade sobre os critérios de divisão dos recursos e sobre quais parlamentares indicaram as verbas para cada projeto ou município justifica a inclusão das RP8 na decisão.

Durante a primeira reunião da comissão montada pelo ministro Flávio Dino para dar cumprimento à decisão do STF, foi estabelecido um cronograma de atividades para reunir informações sobre as emendas parlamentares que ainda permanecem secretas.

A resposta da Câmara ao STF levanta questões importantes sobre a transparência e o controle no uso de recursos públicos. Com a continuidade das discussões e a implementação das medidas propostas pelo STF, espera-se que haja maior clareza e responsabilidade na destinação das verbas parlamentares.

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