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CRISE NO IBGE: FUNCIONÁRIOS PEDEM EXONERAÇÃO DE MÁRCIO POCHMANN

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Uma crise significativa se instaurou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com funcionários exigindo a exoneração do presidente Márcio Pochmann. As críticas à sua gestão incluem acusações de comportamento autoritário e falta de transparência, culminando em um pedido formal de demissão.

Os funcionários do IBGE, representados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge), destacam várias razões para a insatisfação com Pochmann. Entre elas, estão as decisões centralizadoras e arbitrárias que, segundo os servidores, prejudicam o funcionamento do instituto.

Uma das principais críticas é a criação da fundação IBGE+, uma entidade de apoio de direito privado. Os servidores alegam que a fundação foi implementada sem qualquer diálogo com os trabalhadores e formalizada em sigilo por 11 meses. A falta de clareza sobre a finalidade e o impacto da fundação levanta preocupações sobre a independência técnica e administrativa do IBGE.

Outro ponto de discórdia é a reformulação do estatuto do IBGE. Os funcionários afirmam que o processo está sendo conduzido de maneira pouco transparente e sem o necessário debate com os servidores e a sociedade. Eles temem que mudanças no estatuto possam comprometer a governança da instituição e a qualidade dos dados produzidos.

As viagens frequentes de Pochmann também são alvo de críticas, especialmente em um cenário de escassez de recursos. Além disso, os servidores questionam as recentes mudanças no regime de trabalho, que foram implementadas sem consulta prévia.

Em resposta às críticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que não faltarão recursos para o IBGE, mas não comentou diretamente sobre os pedidos de exoneração. A presidência do IBGE, por sua vez, tem se mantido inflexível e se recusa a fornecer informações ou promover discussões abertas com os trabalhadores.

O sindicato convocou um ato para a próxima semana em frente à sede do IBGE, no Rio de Janeiro, para exigir mudanças na gestão e um real processo de diálogo com os servidores. A situação continua a evoluir, e o desfecho dessa crise ainda é incerto.

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