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MERCADO VÊ DEVOLUÇÃO DE MP COMO SINAL DE QUE O PLANO DA FAZENDA DE AJUSTE FISCAL ALCANÇOU LIMITE

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O mercado financeiro está interpretando a devolução de uma medida provisória (MP) como um sinal de que o plano de ajuste fiscal do Ministério da Fazenda pode ter alcançado seu limite. A MP em questão, que limitava créditos de PIS e Cofins, foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após forte pressão de empresários de indústria e do agronegócio.

A MP foi editada pelo governo com o objetivo de compensar a desoneração da folha de 17 setores da economia e de alguns municípios. No entanto, a medida sofreu resistência e críticas de empresários e parlamentares. A devolução da MP foi vista como um constrangimento para o governo, especialmente para a equipe econômica.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reação do Congresso “faz parte da democracia” e acrescentou que não achou “indevida” a crítica do setor produtivo. Ele também negou que o governo tenha um plano B, mas afirmou que “sempre dá para encontrar uma solução”.

A devolução da MP ocorreu em um contexto em que a equipe econômica identificou fraudes em torno de R$ 25 bilhões na compensação do PIS/Cofins. Segundo Haddad, essas fraudes envolvem um uso indevido da compensação quando um empresário alega ter um crédito que não é legitimamente reconhecido pela Receita Federal.

Agora, o Ministério da Fazenda precisa conversar com líderes partidários para tentar encontrar um caminho. Haddad afirmou que ele e a equipe do Ministério da Fazenda estão disponíveis para apresentar os dados aos parlamentares.

A devolução da MP é vista pelo mercado como um sinal de que o plano de ajuste fiscal do Ministério da Fazenda pode ter alcançado seu limite. Isso pode ter implicações significativas para a política fiscal do Brasil e para a confiança dos investidores no país.

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