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Brasil

META DE INFLAÇÃO: A MUDANÇA ESTRATÉGICA ANUNCIADA POR HADDAD

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Em um movimento estratégico para a economia brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mudança significativa no sistema de metas de inflação do país. A partir de 2025, o Brasil adotará uma meta de inflação “contínua” de 3%, abandonando o modelo anterior que se baseava no ano-calendário.

A nova abordagem, chamada de meta contínua, não estará mais vinculada ao ano-calendário, que vai de janeiro a dezembro. Em vez disso, a meta será definida para um “horizonte relevante”, sem um calendário fixo, tendendo a ser de 24 meses, alinhado com práticas internacionais. Essa mudança traz mais flexibilidade para o Banco Central, que é responsável por perseguir o objetivo da inflação.

Haddad explicou que a alteração visa padronizar o sistema de metas de inflação do Brasil com o resto do mundo, já que o modelo anterior era utilizado apenas pelo Brasil e pela Turquia. A mudança foi comunicada ao Conselho Monetário Nacional (CMN) e reflete uma crítica de longa data do ministro ao método antigo, considerado anacrônico.

Com a meta contínua, o governo não precisará mais discutir a meta anualmente. Isso permite que o Banco Central mantenha a meta e redefina a trajetória conforme necessário. A inflação oficial do país é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e cabe ao Banco Central perseguir essa meta utilizando a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento de política monetária.

A decisão de mudar para uma meta de inflação contínua representa um passo significativo para a economia brasileira, buscando maior alinhamento com práticas globais e proporcionando maior flexibilidade para a gestão da política monetária. A medida é vista como um avanço na metodologia de controle inflacionário e será acompanhada de perto por economistas e investidores.

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