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MORAES DEFENDE PRISÃO DE EX-ASSESSOR DE BOLSONARO COMO MEDIDA RAZOÁVEL E PROPORCIONAL

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a prisão preventiva de Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi uma medida “razoável, adequada e proporcional”. Martins, que estava preso desde 8 de fevereiro, foi solto na última sexta-feira (9) após decisão do ministro.

Filipe Martins foi detido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. A prisão preventiva de Martins foi decretada com base em suspeitas de que ele teria deixado o país no avião presidencial rumo aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022. No entanto, ao longo dos seis meses de detenção, a defesa apresentou documentos que indicavam que Martins permaneceu no Brasil durante o período questionado.

Na decisão de soltura, Moraes destacou que a prisão preventiva foi essencial para garantir a coleta de provas e delimitar as condutas criminosas investigadas pela Polícia Federal. “A restrição da liberdade do investigado foi medida razoável, proporcional e adequada para garantia da devida colheita probatória, na busca por delimitar todas as condutas criminosas apontadas pela Polícia Federal e a responsabilidade penal dos diversos núcleos da organização criminosa”, afirmou o ministro.

A decisão de Moraes gerou debates sobre a compatibilização entre a Justiça Penal e o direito à liberdade. O ministro citou o jurista Maurice Hauriou para enfatizar a importância de equilibrar a segurança pública com as liberdades individuais. “O essencial em relação às liberdades individuais, em especial a liberdade de ir e vir, não é somente sua proclamação formal nos textos constitucionais ou nas declarações de direitos, mas a absoluta necessidade de sua pronta e eficaz consagração no mundo real”, disse Moraes.

A soltura de Filipe Martins marca um capítulo importante na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão de Alexandre de Moraes reflete a complexidade de equilibrar a necessidade de segurança pública com a proteção das liberdades individuais. O caso continua a ser acompanhado de perto, com implicações significativas para o cenário político e jurídico brasileiro.

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