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PORTO VELHO ENCOBERTA POR FUMAÇA: QUALIDADE DO AR ATINGE NÍVEIS PERIGOSOS

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A capital de Rondônia amanheceu mais uma vez coberta por uma densa camada de fumaça nesta quinta-feira (29), agravando ainda mais a já precária qualidade do ar na região. A cidade enfrenta uma crise ambiental severa, com níveis de poluição atmosférica que ultrapassam em muito os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O mês de agosto registrou um aumento alarmante de 23,7% nos focos de incêndio em Rondônia, comparado ao mesmo período do ano passado. Somente este mês, foram contabilizados 4.197 focos de incêndio nos municípios e 690 em áreas de conservação estadual, totalizando 4.887 focos desde o início do ano. Esse número é o dobro do registrado em todo o ano de 2023, refletindo a gravidade da situação.

A qualidade do ar em Porto Velho foi classificada como “perigosa” pela plataforma IQAir, com índices de partículas finas (PM2,5) atingindo 384,3 microgramas por metro cúbico, cerca de 77 vezes acima do limite recomendado pela OMS. Esse nível de poluição representa um risco significativo para a saúde pública, especialmente para crianças, idosos e pessoas com condições respiratórias preexistentes, como asma e bronquite.

Em resposta à crise, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, decretou a suspensão do uso do fogo em todo o estado por um período de 90 dias. A medida faz parte do Plano de Operações para Temporada de Incêndios Florestais (POTIF) 2024, coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO). Todos os órgãos estaduais estão mobilizados para prevenir e combater as queimadas, em um esforço conjunto para mitigar os impactos ambientais e de saúde pública.

Os moradores de Porto Velho têm enfrentado dificuldades para realizar atividades ao ar livre devido à baixa qualidade do ar. Escolas e universidades têm adotado medidas de precaução, como a suspensão de aulas presenciais e a recomendação para que a população evite esforços físicos prolongados ao ar livre. “É difícil respirar, a fumaça está por toda parte”, relatou um residente local.

A situação em Porto Velho é um lembrete urgente da necessidade de políticas ambientais mais rigorosas e de ações efetivas para combater as queimadas na Amazônia. A combinação de seca severa e o fenômeno El Niño tem exacerbado a situação, tornando a gestão ambiental um desafio ainda maior para as autoridades locais e federais.

A comunidade internacional também observa com preocupação a crise ambiental na Amazônia, destacando a importância de esforços globais para proteger uma das regiões mais biodiversas do planeta.

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