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PREVIDÊNCIA SOCIAL: O GRANDE DESAFIO PARA O EQUILÍBRIO FISCAL DO BRASIL

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O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou recentemente que a Previdência Social continua sendo o principal fator de desequilíbrio fiscal no Brasil. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 3 de outubro, Ceron apresentou dados que evidenciam o impacto significativo das despesas previdenciárias nas contas públicas.

De acordo com os dados do Tesouro Nacional, as despesas totais do governo central aumentaram em R$ 98,7 bilhões n acumulado de janeiro a agosto de 2024, um crescimento de 7,1% em termos reais comparado ao mesmo período de 2023. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos pagamentos de benefícios previdenciários e precatórios.

As despesas com benefícios previdenciários, por exemplo, tiveram um aumento de R$ 21,5 bilhões, enquanto os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) cresceram R$ 10,4 bilhões. Esses números refletem a pressão contínua que a Previdência exerce sobre as finanças públicas.

Ceron enfatizou que, para alcançar o equilíbrio fiscal, é essencial controlar o crescimento das despesas previdenciárias. Ele mencionou que o governo está comprometido com a meta de déficit zero, o que significa que as despesas devem ser igualadas às receitas até o final do ano. No entanto, o aumento contínuo dos gastos previdenciários torna esse objetivo cada vez mais desafiador.

Para enfrentar esse desafio, o governo tem adotado medidas como a revisão de gastos e a implementação de um novo arcabouço fiscal. Além disso, Ceron destacou a importância de um “pacto social” para garantir a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo.

O impacto das despesas previdenciárias no orçamento é significativo. Em agosto de 2024, as despesas totais aumentaram R$ 3,3 bilhões em termos reais em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos benefícios previdenciários e pelo abono e seguro-desemprego, que juntos somaram um aumento de R$ 6,9 bilhões.

A Previdência Social continua sendo um dos maiores desafios para o equilíbrio fiscal do Brasil. O aumento contínuo das despesas previdenciárias exige medidas rigorosas e um compromisso coletivo para garantir a sustentabilidade das finanças públicas. Com a implementação de estratégias eficazes e um esforço conjunto, é possível vislumbrar um futuro mais equilibrado para a economia brasileira.

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