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SENADORES QUESTIONAM GALÍPOLO SOBRE LAÇOS COM GOVERNO E PEC DA AUTONOMIA EM SABATINA CRUCIAL
Nesta terça-feira, 8 de outubro, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025, enfrenta uma sabatina decisiva na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Os senadores devem focar suas perguntas na proximidade de Galípolo com o governo federal e sua posição em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da autonomia financeira do BC.
Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do BC, tem um histórico de colaboração estreita com o governo Lula. Antes de sua indicação ao BC, ele foi o “número 2” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e atuou como conselheiro na campanha eleitoral de Lula em 2021, além de integrar a equipe de transição do governo. Essa proximidade levanta preocupações entre os senadores sobre a independência de Galípolo na condução das políticas monetárias do país.
Outro ponto crucial da sabatina será a posição de Galípolo em relação à PEC da autonomia financeira do Banco Central. A proposta, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), visa garantir maior independência ao BC na formulação e execução de políticas monetárias, afastando influências políticas diretas. Em reuniões anteriores, Galípolo sinalizou apoio à PEC, o que pode ser um fator positivo para sua aprovação pelos senadores.
Apesar das preocupações, parlamentares ouvidos pela CNN Brasil acreditam que a aprovação de Galípolo não enfrentará grandes obstáculos. Mesmo senadores da oposição reconhecem que sua atuação na diretoria do BC tem demonstrado independência e alinhamento com as diretrizes do Comitê de Política Monetária (Copom). A sabatina será uma oportunidade para Galípolo reafirmar seu compromisso com a autonomia do BC e esclarecer qualquer dúvida sobre sua relação com o governo federal.
A indicação de Galípolo é acompanhada de perto pelo mercado financeiro, que busca sinais de continuidade e estabilidade nas políticas monetárias. A percepção de independência do futuro presidente do BC é crucial para manter a confiança dos investidores e garantir a eficácia das medidas econômicas adotadas pelo governo.
A sabatina de Gabriel Galípolo no Senado é um momento decisivo para sua confirmação como presidente do Banco Central. Com questionamentos sobre sua proximidade com o governo e sua posição em relação à PEC da autonomia financeira, Galípolo terá a oportunidade de demonstrar sua capacidade técnica e compromisso com a independência do BC. A expectativa é que, apesar das preocupações, sua aprovação ocorra sem grandes dificuldades, pavimentando o caminho para sua liderança no Banco Central a partir de 2025.
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