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LUIZ FUX FAZ DURAS CRÍTICAS AO PODER JUDICIÁRIO E REFORÇA LIMITES DE ATUAÇÃO: “NÃO SOMOS JUÍZES ELEITOS”
Em uma fala contundente durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux criticou o papel desempenhado por alguns membros do Judiciário e ressaltou a importância de respeitar os limites constitucionais da magistratura. Ao afirmar que “nós não somos juízes eleitos”, Fux fez referência à necessidade de juízes respeitarem o equilíbrio entre os poderes e evitarem atuações que ultrapassem suas competências institucionais.
Contexto da Declaração
A declaração ocorreu durante um debate no STF sobre decisões judiciais que interferem em políticas públicas. Fux destacou que o Poder Judiciário não deve substituir o papel do Legislativo ou do Executivo, já que os magistrados não possuem mandato popular. “Nossa função é interpretar a Constituição e as leis, garantindo que o Estado de Direito prevaleça, mas sempre dentro dos limites que a Carta Magna estabelece”, afirmou o ministro.
O papel do Judiciário e o ativismo judicial
A fala de Fux reacende o debate sobre o ativismo judicial, uma prática em que juízes assumem posturas que muitos consideram além de suas atribuições, ao decidir sobre questões que poderiam ser resolvidas no âmbito político. Para Fux, essa postura pode ser prejudicial à democracia:
“Quando o Judiciário avança sobre as atribuições de outros poderes, corremos o risco de enfraquecer as instituições e desrespeitar a vontade popular expressa nas urnas.”
Apesar disso, o ministro ressaltou que o Judiciário tem o dever de agir em situações de inércia ou omissão legislativa, mas sempre de forma excepcional e fundamentada.
As críticas internas e externas
Nos últimos anos, o STF e outros tribunais superiores enfrentaram críticas por decisões consideradas ativistas, especialmente em temas sensíveis como saúde, educação e políticas econômicas. Fux reconheceu que o Judiciário tem sido pressionado a resolver problemas estruturais do país, mas advertiu contra o uso excessivo desse poder:
“É preciso lembrar que o protagonismo do Judiciário em algumas áreas ocorre porque outros poderes falham em cumprir seus papéis. Mas não podemos nos transformar em substitutos permanentes.”
Repercussão da fala
A declaração de Fux teve ampla repercussão no meio jurídico e político. Enquanto alguns elogiaram a postura do ministro como um chamado à autocontenção do Judiciário, outros interpretaram suas palavras como uma crítica velada a colegas que adotam uma postura mais intervencionista.
Para o jurista Cláudio Abramo, a fala de Fux é um lembrete necessário em um momento de alta polarização. “Ele reforça que o Judiciário deve ser uma instância técnica, não política. Isso é essencial para preservar sua credibilidade e independência”, afirmou.
Já para ativistas que defendem o protagonismo judicial em temas como direitos humanos e ambientais, as palavras do ministro podem ser vistas como um alerta para a necessidade de manter um equilíbrio entre contenção e atuação ativa.
O futuro do equilíbrio entre os poderes
A fala de Luiz Fux aponta para um momento de reflexão dentro do próprio Judiciário sobre os limites de sua atuação. Com a crescente judicialização da política no Brasil, o desafio será encontrar um equilíbrio que permita ao Judiciário cumprir seu papel constitucional sem comprometer a separação dos poderes.
O discurso no STF serve como um chamado para o fortalecimento das instituições democráticas e o respeito às prerrogativas de cada poder, algo fundamental para enfrentar os desafios de governança e estabilidade no Brasil.
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