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Brasil

INFLAÇÃO DE AGOSTO SURPREENDE E ALIVIA PRESSÃO SOBRE JUROS, APONTAM ESPECIALISTAS

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A prévia da inflação de agosto, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), trouxe um alívio significativo para a política monetária brasileira. O índice registrou uma alta de apenas 0,19% no mês, uma desaceleração em relação aos 0,30% observados em julho.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% registrados nos 12 meses anteriores. Esse resultado reforça a tendência de queda da inflação, o que pode influenciar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, atualmente em 10,50% ao ano.

Economistas e consultorias destacam que a desaceleração da inflação é um sinal positivo para a economia brasileira. A Ativa Investimentos, por exemplo, acredita que o resultado de agosto contribuirá para a manutenção da Selic no próximo encontro do Copom. A corretora esperava uma desaceleração ainda maior, mas considera a queda de 0,19% uma surpresa pontual.

Laiz Carvalho, economista do BNP Paribas, também vê o resultado como um indicativo de que o Copom manterá os juros estáveis. Ela ressalta que, apesar de alguns sinais de alerta nos serviços subjacentes, a composição geral do IPCA-15 foi muito boa.

A tendência de queda da inflação nos Estados Unidos, antecipada pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também beneficia o Brasil. A expectativa é que o recuo dos juros americanos permita ao Brasil continuar com o afrouxamento da política monetária.

O Inter avalia que a tendência de queda da inflação deve se manter nos próximos meses, prevendo que o IPCA consolidado será ainda menor que o IPCA-15. A instituição destaca que o dado de agosto contribui para não aumentar a pressão sobre os juros, mantendo a expectativa de Selic constante no futuro próximo.

A prévia da inflação de agosto trouxe um alívio bem-vindo para a economia brasileira, reduzindo a pressão sobre os juros e reforçando a tendência de queda da inflação. Com a manutenção da Selic em 10,50% ao ano, o cenário econômico se mostra mais estável, permitindo um planejamento mais seguro para o futuro.

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