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PEC DO BANCO CENTRAL: ALCOLUMBRE RETIRA RELATÓRIO DA PAUTA DA CCJ E ADIA ANÁLISE PARA APÓS AS ELEIÇÕES

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Em uma decisão estratégica, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), retirou da pauta o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central (BC). A análise da proposta foi adiada para depois das eleições municipais, marcadas para outubro de 2024.

A PEC em questão visa transformar o Banco Central em uma entidade com maior autonomia financeira e orçamentária, permitindo-lhe operar com mais independência do governo federal. A proposta inclui a mudança da natureza jurídica do BC, que passaria a ser uma “corporação integrante do setor público financeiro que exerce atividade estatal”.

Alcolumbre justificou o adiamento afirmando que a análise da PEC deve ocorrer em um momento em que o quórum de senadores seja mais representativo. Ele destacou a importância de um debate mais aprofundado e consensual sobre a matéria, evitando que a decisão seja influenciada pelo clima eleitoral.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também apoiou o adiamento, argumentando que ainda há pontos de discordância que precisam ser resolvidos. Segundo Wagner, o governo está preocupado com o impacto primário do modelo jurídico proposto para o BC, especialmente em momentos de prejuízo do órgão.

A decisão de adiar a votação da PEC gerou diversas reações no meio político. Alguns senadores consideram o adiamento uma manobra para ganhar tempo e construir um consenso mais amplo. Outros, no entanto, veem a medida como uma forma de evitar um debate acalorado em meio ao período eleitoral.

Com o adiamento, a expectativa é que a PEC volte à pauta da CCJ após as eleições municipais. Até lá, os senadores terão mais tempo para discutir e ajustar o texto da proposta, buscando um equilíbrio entre a autonomia do Banco Central e as preocupações do governo.

A retirada do relatório da PEC do Banco Central da pauta da CCJ e seu adiamento para após as eleições refletem a complexidade e a importância do tema. A decisão de Davi Alcolumbre visa garantir um debate mais representativo e consensual, essencial para a aprovação de uma proposta que pode redefinir a autonomia financeira e orçamentária do Banco Central no Brasil.

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