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Estado SP

JUSTIÇA ELEITORAL IMPEDE CANDIDATURA DE POLÍTICO DO PRTB ENVOLVIDO EM CASO DE NOVO CANGAÇO

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Em uma decisão recente, a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura de Edilson Ricardo da Silva, integrante do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), para uma vaga de vereador em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Alexandre da Câmara Leal Belluzzo, da 74ª Zona Eleitoral.

Edilson Ricardo da Silva, ex-militar, foi condenado por sua participação em uma quadrilha que atacou uma companhia da Polícia Militar em Guararema, em 2009, em uma ação que ficou conhecida como “Novo Cangaço”. Durante o ataque, os criminosos invadiram uma agência do Bradesco e explodiram caixas eletrônicos, levando aproximadamente R$ 39 mil e dez armas da unidade da PM.

Silva foi condenado a 7 anos de prisão pela Justiça Militar e a mais 2 anos e 4 meses pela Justiça Comum. Esta é a primeira vez que ele tenta disputar uma eleição. No entanto, sua candidatura foi barrada com base na Lei de Inelegibilidades, que impede a candidatura de pessoas condenadas por crimes contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais, entre outros, até oito anos após o cumprimento da pena.

De acordo com o acórdão do Tribunal de Justiça Militar, Edilson Ricardo da Silva tinha a função de repassar informações privilegiadas sobre a sede do Batalhão ao soldado PM Miranda, descrito como o mentor da ação criminosa. Durante a preparação do crime, Silva manteve contato com várias pessoas envolvidas em atividades ilícitas, utilizando um aparelho Nextel cadastrado em seu nome.

Silva, que é vice-presidente do PRTB em Mogi das Cruzes, não apresentou contestação e nem cumpriu as diligências solicitadas pela Justiça Eleitoral. Ele pertence ao mesmo grupo de Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio Cesar Pereira, ambos acusados de trocar carros de luxo por cocaína para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Escobar nega as acusações, enquanto Pereira não se manifestou.

O Estadão não conseguiu localizar Edilson Ricardo da Silva para comentar se ele tentará recorrer da decisão. A decisão judicial reforça a importância da aplicação rigorosa da Lei de Inelegibilidades para garantir a integridade do processo eleitoral e a confiança da população nas instituições democráticas.

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