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GOVERNO ABRE COSULTA PÚBLICA PARA CRIAR A TAXONOMIA SUSTENTÁVEL BRASILEIRA E IMPULSIONAR INVESTIMENTOS VERDES

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O Ministério da Fazenda anunciou o início da consulta pública para a definição da Taxonomia Sustentável Brasileira, um conjunto de diretrizes que visa classificar e orientar investimentos sustentáveis no país. A iniciativa, que ficará disponível até o dia **15 de janeiro de 2024**, busca alinhar o Brasil às práticas internacionais de sustentabilidade e fortalecer o mercado financeiro verde, ao mesmo tempo em que contribui para o cumprimento das metas climáticas do país.

A Taxonomia Sustentável Brasileira será um marco regulatório para o setor financeiro, ajudando investidores, empresas e consumidores a identificar quais atividades econômicas são verdadeiramente sustentáveis e podem ser consideradas para investimento em projetos que promovem o desenvolvimento sustentável.

A Taxonomia Sustentável é uma ferramenta criada para garantir que os investimentos realizados no Brasil sigam critérios claros de sustentabilidade, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, preservação da biodiversidade e o respeito aos direitos humanos. Ela tem como objetivo distinguir atividades econômicas e empresas que estão alinhadas com os objetivos ambientais, sociais e de governança (ESG), oferecendo transparência e orientação aos investidores que buscam apoiar práticas responsáveis.

No contexto global, diversas economias já possuem suas próprias taxonomias, como a Taxonomia da União Europeia, e o Brasil visa estabelecer sua versão, levando em consideração suas particularidades ambientais e sociais.

A consulta pública aberta pelo Ministério da Fazenda inclui as diretrizes para a construção da Taxonomia Sustentável Brasileira. Entre os principais pontos estão:

– Critérios de Sustentabilidade: Definir quais atividades e setores são considerados sustentáveis e podem ser financiados por meio de investimentos verdes. Isso inclui setores como energia renovável, mobilidade elétrica, saneamento básico e conservação de florestas, entre outros.
– Metodologia de Avaliação: Como as empresas e projetos serão avaliados para determinar se atendem aos critérios de sustentabilidade.
– Incentivos para Empresas e Investidores: Discutir formas de incentivar o mercado financeiro a direcionar recursos para atividades que atendem aos critérios sustentáveis, incluindo a criação de certificados verdes.
– Transparência e Prestação de Contas: Como as empresas devem divulgar suas práticas e como o governo monitorará os resultados.

A abertura da consulta pública visa obter contribuições da sociedade, do setor privado, especialistas e organizações não governamentais, garantindo que o modelo de taxonomia seja robusto e aplicável às necessidades do Brasil, respeitando sua realidade socioeconômica e seus compromissos ambientais.

Em seu anúncio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a relevância da Taxonomia Sustentável Brasileira para a atração de investimentos estrangeiros e o fortalecimento da economia verde no país:

“A criação da Taxonomia Sustentável Brasileira vai permitir que o Brasil se posicione de maneira mais competitiva no cenário global de investimentos sustentáveis. Com ela, as empresas terão uma sinalização clara de como devem se comportar para atrair investimentos responsáveis, e os investidores terão maior confiança na destinação de seus recursos,” afirmou o ministro.

Já o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, ressaltou a importância de integrar o país nas discussões sobre sustentabilidade a nível internacional: “O Brasil possui um grande potencial para se tornar uma referência mundial em sustentabilidade, e a taxonomia será um passo decisivo para estabelecer os critérios que orientarão os fluxos financeiros em direção a uma economia mais verde e inclusiva.”

A criação de uma taxonomia sustentável no Brasil pode trazer benefícios significativos, tanto para o mercado financeiro quanto para a sociedade como um todo:

1. Atração de Investimentos: O Brasil tem sido um destino crescente para investimentos verdes e responsáveis. A taxonomia fornecerá um sistema claro e reconhecido para facilitar o direcionamento de recursos para áreas sustentáveis.

2. Fortalecimento do Setor Privado: Empresas brasileiras que adotam práticas sustentáveis terão acesso a novos mercados e financiamentos, enquanto aquelas que ainda não estão alinhadas poderão ser incentivadas a adotar práticas ESG.

3. Cumprimento das Metas Climáticas: A taxonomia ajudará o Brasil a cumprir seus compromissos no Acordo de Paris, promovendo investimentos em setores que contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a preservação da biodiversidade.

4. Fomento à Inovação e Sustentabilidade: Com o desenvolvimento de novos produtos e soluções, o país poderá se destacar como líder em tecnologias verdes, gerando emprego e renda em um setor estratégico.

Para garantir a criação de uma taxonomia que reflita a realidade brasileira, a consulta pública irá envolver a participação ativa de especialistas, organizações do setor financeiro e ambiental, bem como empresas e consumidores. A participação pode ser feita por meio da plataforma do Ministério da Fazenda, onde é possível acessar os documentos de consulta e enviar sugestões ou questionamentos.

Após o término da consulta pública, o governo irá consolidar as sugestões recebidas e trabalhar na formulação final da Taxonomia Sustentável Brasileira, com previsão de implementação para o segundo semestre de 2024. Espera-se que, com a aprovação do modelo, o Brasil dê um salto significativo rumo à sustentabilidade financeira e ambiental.

Com o lançamento da consulta pública para a criação da Taxonomia Sustentável Brasileira, o país dá mais um passo importante em direção à transformação de sua economia, alinhando-se às tendências globais e posicionando-se como um líder na transição para um futuro mais sustentável.

Com o crescente interesse por práticas de investimentos responsáveis e sustentabilidade, o Brasil agora tem a oportunidade de construir um sistema financeiro mais verde, acessível e transparente, atraindo recursos e gerando benefícios tanto econômicos quanto ambientais para as gerações futuras.

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