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Brasil

EDUCAÇÃO EM JOGO: PROMESSAS E A REALIDADE DOS PROFESSORES

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Em meio à agitação política e às promessas de campanha, a educação brasileira encontra-se em um ponto crítico. A greve de professores das universidades e institutos federais, que afeta 61 instituições em todo o país, destaca a necessidade urgente de investimentos significativos no setor. No entanto, a questão central não é apenas o investimento na infraestrutura educacional, mas sim o investimento nos professores, o coração do sistema educacional.

O presidente Lula da Silva anunciou planos para abrir mais duas universidades federais em São Paulo, uma na Zona Leste e outra em Osasco. Embora essas promessas possam parecer atraentes para o eleitorado, elas desviam a atenção da questão mais premente: a necessidade de investir na formação e reciclagem dos professores.

Paralelamente, o deputado Áureo Ribeiro (SDD-RJ) propôs uma série de projetos de lei. O PL 406/23 propõe a criação da Universidade Federal do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, o PL 407/23 sugere a Federal da Favela da Rocinha, e o PL 520/23 promete uma universidade em Duque de Caxias, a maior cidade da Baixada Fluminense. No entanto, nenhuma dessas propostas aborda o investimento na reciclagem ou formação de professores.

A situação atual destaca a necessidade de um foco renovado na valorização e capacitação dos professores. Afinal, são eles que estão na linha de frente da educação, moldando as mentes dos futuros líderes do país. As promessas de novas universidades e melhorias na infraestrutura são importantes, mas sem professores bem formados e motivados, essas promessas correm o risco de se tornar vazias.

Em resumo, a demagogia eleitoral da educação pode seguir um script antigo, mas a necessidade de investir nos professores é uma questão que precisa ser abordada com urgência. É hora de mudar o roteiro e colocar os professores no centro do palco da educação brasileira.

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