Federação Paulista e Polícia Civil investigam caso de racismo na Copa São Paulo

Um suposto caso de racismo envolvendo jogadores da Copa São Paulo de Futebol Júnior (Copinha 2025) gerou grande repercussão no fim de semana. Durante a partida válida pela estreia do Grupo 14, realizada em Itapira – localizada a 70 km de Campinas – no sábado (4), um jogador do América-RJ acusou um atleta do Itapirense-SP de ofensas racistas. A partida terminou com a vitória do time carioca por 2 a 1.

Acusações de racismo na Copa São Paulo

O atleta do América-RJ, João Pedro, relatou que ouviu ofensas racistas ao final da partida. Segundo o jogador, um atleta adversário do Itapirense-SP, identificado como Marcus Vinícius, teria proferido: “Vai, macaco do c…”. O caso foi registrado em súmula pelo árbitro Elder Patrick Dantas e, posteriormente, um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado pelo delegado da partida na Delegacia de Polícia de Mogi Guaçu.

Posicionamento da Federação Paulista de Futebol

A Federação Paulista de Futebol (FPF) repudiou veementemente o episódio e se comprometeu a encaminhar a denúncia para a Justiça Desportiva. Em comunicado oficial, a FPF afirmou que irá acompanhar o caso e garantir que as punições sejam rigorosas. A nota ainda destacou que a Copinha Sicredi é uma competição que preza pelo respeito e inclusão, sem espaço para qualquer tipo de preconceito ou discriminação.

“A FPF não tolera quaisquer atos racistas ou discriminatórios. A Copinha Sicredi é uma competição democrática, de respeito e alegria”, declarou a Federação Paulista.

Resposta do América-RJ e Itapirense-SP

O América-RJ também se manifestou de forma contundente, repudiando o ato racista sofrido por seu atleta. Em um comunicado, o clube enfatizou que o racismo não tem lugar no esporte e que todos os envolvidos devem ser responsabilizados.

“Estamos profundamente consternados com o episódio de racismo ocorrido contra um atleta do América durante a nossa estreia na Copa São Paulo de Futebol Júnior. O racismo não tem lugar no esporte nem na nossa sociedade. Repudiamos veementemente qualquer ato discriminatório”, postou o América-RJ.

Já o Itapirense-SP se pronunciou afirmando que não conseguiu identificar o ato racista nas imagens da partida. Contudo, a equipe deixou claro que não tolera qualquer forma de discriminação e pediu que o caso fosse rigorosamente apurado.

“Ressaltamos que, ao analisarmos as imagens mencionadas, não identificamos o lance descrito. Contudo, como o racismo é uma acusação gravíssima e intolerável, solicitamos que os fatos sejam apurados com rigor e que as provas sejam apresentadas”, afirmou o Itapirense-SP em sua nota oficial.

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