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ABORTO EM CASOS DE ESTUPRO: MEDO E INSEGURANÇA DOMINAM MÉDICOS APÓS NOVA NORMA

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O medo e a insegurança tomaram conta dos médicos após a implementação de uma norma que restringe o aborto em casos de estupro. A nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) impõe um limite de até 22 semanas de gestação para a realização de abortos legais.

A norma tem gerado um clima de medo e insegurança entre as equipes médicas. Serviços públicos suspenderam atendimentos e os profissionais de saúde relatam consequências dramáticas. Em Recife, por exemplo, uma adolescente só conseguiu o aborto previsto em lei após tentar suicídio e ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em outro caso, uma jovem de Brasília, com 22 semanas e um dia de gestação, teve o aborto legal negado e, com a ajuda de uma ONG brasileira, viajou até a cidade de Rosário, na Argentina, para fazer a interrupção. No país vizinho, o aborto é permitido até a 14ª semana de gravidez em qualquer circunstância.

A norma chegou a ser derrubada, mas logo depois voltou a valer. Ambas decisões ocorreram por meio de liminares e agora espera-se que o Supremo Tribunal Federal (STF) dê a palavra final. A corte analisa uma ação que demanda providências para assegurar o direito ao aborto como prevê a legislação desde 1940.

A nova norma que restringe o aborto em casos de estupro tem causado medo e insegurança entre os médicos. Com casos dramáticos emergindo e a incerteza legal persistindo, a situação é de grande preocupação. A decisão final do STF é aguardada com ansiedade, pois terá implicações significativas para a saúde e os direitos das mulheres no Brasil.

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