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CAIO BONFIM: A MARCHA ATLÉTICA E A LUTA CONTRA O PRECONCEITO

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Na madrugada desta quinta-feira, Caio Bonfim, atleta brasileiro da marcha atlética, fez história ao conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Completando a prova de 20 km em 1h19m09s, ele se tornou o primeiro brasileiro a subir ao pódio nessa modalidade olímpica.

Caio, aos 33 anos, já havia participado de três edições anteriores dos Jogos Olímpicos. No Rio de Janeiro, em 2016, ele ficou em quarto lugar. Agora, em Paris, sua persistência e dedicação o levaram à tão sonhada medalha. Mas essa jornada não foi fácil.

Caio revelou que enfrentou preconceito desde o início de sua carreira. Ele lembra de quando começou a marchar nas ruas e era xingado por sua postura característica da modalidade. Na marcha atlética, os atletas devem manter pelo menos um pé em contato com o solo o tempo todo, e a perna em movimento não deve ser flexionada, resultando em uma postura que lembra um “rebolado”.

“Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética”, afirmou Caio. Ele destacou que, mesmo sofrendo preconceito, valeu a pena pagar o preço. A família também desempenhou um papel importante: sua mãe, Gianetti Bonfim, foi uma grande atleta da modalidade e chegou a conseguir índice olímpico para Atlanta 1996, embora não tenha disputado os Jogos.

Caio, emocionado, disse que a medalha de prata eterniza esse momento. Ele espera que essa conquista abra mais portas para a marcha atlética e inspire outros atletas. Além disso, ele criticou a arbitragem durante a prova, mostrando sua garra e determinação.

A marcha atlética pode não ser tão popular quanto o futebol, mas Caio Bonfim provou que é uma potência e quebrando barreiras, ele se tornou um verdadeiro medalhista olímpico. Que sua história inspire outros a enfrentarem desafios e a lutarem contra o preconceito em busca de seus sonhos.

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