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CASTRAÇÃO QUÍMICA PARA REINCIDENTES EM CRIMES SEXUAIS: UMA SOLUÇÃO CONTROVERSA APROVADA PELO SENADO

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Em uma decisão que tem gerado debates acalorados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei que prevê a castração química voluntária para quem for condenado mais de uma vez por crimes sexuais. A votação terminou com 17 votos a favor e 3 contra.

O projeto, de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), permite que o criminoso opte pelo tratamento hormonal para castração química e assim obter liberdade condicional. Inicialmente, o projeto também previa a possibilidade de castração física, mas essa previsão foi retirada pelo relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA).

A proposta tramita em regime terminativo na CCJ. Isso significa que, caso nenhum senador apresente recurso para levar o projeto para votação no plenário do Senado em cinco dias após a aprovação, ele vai direto para a Câmara dos Deputados.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), votou contra o projeto e contestou a efetividade da castração química para que o estuprador não volte a cometer o crime. Ele argumentou que uma pessoa que comete tais crimes já tem problemas psicológicos e que, mesmo após a castração química, poderia continuar a cometer atos violentos.

Por outro lado, o autor do projeto, Styvenson Valentim, defendeu a medida, alegando que a castração química como punição para estupradores é utilizada em outros países. Ele argumentou que é uma opção para a diminuição do número altíssimo de crimes de violência sexual no Brasil.

A decisão do Senado tem gerado polêmica e levantado questões éticas e legais. Enquanto alguns veem a castração química como uma medida eficaz para prevenir a reincidência em crimes sexuais, outros argumentam que ela pode ser vista como uma forma de punição cruel e desumana. A discussão promete continuar à medida que o projeto avança para a Câmara dos Deputados.

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