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COVID-19 LEVE E O RISCO DE PERDAS COGNITIVAS A LONGE PRAZO

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Um estudo recente realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que mesmo casos leves de Covid-19 podem resultar em perdas cognitivas significativas no longo prazo. A pesquisa, publicada na revista BMC Psychology, destaca a importância de programas de reabilitação abrangentes para lidar com os impactos cognitivos prolongados da doença.

O estudo acompanhou 302 voluntários e observou que 11,7% dos participantes que tiveram Covid-19 leve apresentaram dificuldades cognitivas mais de 18 meses após a infecção. Essas dificuldades incluíam déficits de atenção e memória. A intensidade do dano cognitivo mostrou-se maior entre indivíduos que tiveram formas graves da doença, mas a pesquisa ressalta que os efeitos em casos leves não são desprezíveis.

Os resultados sugerem que a neuroinflamação causada pelo SARS-CoV-2 pode ter efeitos duradouros no cérebro, mesmo em pacientes que não necessitaram de hospitalização ou cuidados intensivos. A atenção e a memória, funções cognitivas cruciais para o dia a dia, foram as mais afetadas, levando a problemas no desempenho de atividades cotidianas.

Antônio de Pádua Serafim, pesquisador do Instituto de Psicologia da USP e primeiro autor do artigo, enfatiza a necessidade de atenção aos impactos da Covid longa. Ele recomenda a implementação de programas de reabilitação que considerem os prejuízos cognitivos observados nos pacientes.

A pesquisa da USP lança luz sobre um aspecto preocupante da pandemia de Covid-19: as sequelas cognitivas a longo prazo. Com a evidência de que até casos leves podem levar a perdas cognitivas, torna-se essencial o desenvolvimento de estratégias de reabilitação e suporte para os afetados.

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