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EXÉRCITO RESPONDE A ATAQUES NAS REDES SOCIAIS COM NOVAS REGRAS

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Após a eleição de 2022, o Exército Brasileiro enfrentou uma onda de ataques em suas redes sociais, principalmente de apoiadores frustrados com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esses ataques motivaram a criação de novas regras para comentários e mensagens nos perfis das Forças.

Em um documento intitulado “Política de Moderação nas Redes Sociais”, divulgado na semana passada pelo Exército, há um alerta de que a Força poderá “encaminhar às autoridades competentes” informações sobre comentários em suas redes sociais que incitem o ódio, a violência, a discriminação, entre outras situações.

Os ataques se intensificaram após as últimas eleições presidenciais, quando bolsonaristas acamparam na frente dos quartéis. Os perfis do Exército nas plataformas digitais viram um aumento exponencial no número de seguidores. Apenas no Instagram, o número de seguidores passou de 2 milhões para 10 milhões, a maioria pedindo apoio a um golpe de Estado.

Com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e após os atos golpistas de 8 de Janeiro, os comentários e mensagens nas redes sociais do Exército passaram a ser agressivos, com palavras de baixo calão e ataques pessoais ao comandante da Força, general Tomás Paiva, e outros generais. Atualmente, o número de seguidores no Instagram caiu para cerca de 6 milhões e segue a tendência de queda.

Ao divulgar a nova Política de Moderação nas Redes Sociais, o Exército informou que o objetivo é garantir um ambiente democrático nas contas da instituição. Segundo a assessoria de imprensa da Força, “a ideia é regular, não censurar”. O documento, que já vinha sendo elaborado desde o ano passado, passou pelo departamento jurídico da instituição e poderá passar por ajustes a partir da sua implementação.

O texto diz que o usuário que desrespeitar as normas poderá ser bloqueado imediatamente, independentemente de justificativa, consulta ou aviso. Ainda de acordo com a política, serão moderadas e/ou excluídas as mensagens que usem linguagem inapropriada, obscena, caluniosa, grosseira, abusiva, difamatória, ofensiva ou de qualquer outra forma reprovável.

Essas medidas são uma resposta direta aos ataques sofridos pelo Exército e representam um esforço para manter a ordem e o respeito nas redes sociais da instituição.

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