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FUNDO AMAZÔNIA: MILHÕES PARADOS ENQUANTO A FLORESTA QUEIMA – INEFICIÊNCIA OU PRECAUÇÃO?

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O Fundo Amazônia, criado em 2008 para financiar ações de preservação e combate a crimes ambientais, recebeu R$ 634 milhões em 2024. No entanto, apenas 11% desse montante, cerca de R$ 73 milhões, foram efetivamente investidos até agora. Esse dado alarmante levanta questões sobre a eficiência e a gestão dos recursos destinados à proteção da maior floresta tropical do mundo.

A baixa taxa de investimento do Fundo Amazônia em 2024 tem gerado críticas e preocupações. Especialistas apontam que a burocracia e a falta de projetos aprovados podem ser os principais obstáculos para a aplicação dos recursos. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela gestão do fundo, afirmou que os desembolsos variam conforme o cronograma de execução dos projetos e a comprovação das atividades realizadas.

A ineficiência na aplicação dos recursos ocorre em um momento crítico para a Amazônia, que enfrenta índices recordes de queimadas e a maior estiagem dos últimos 44 anos. A falta de investimentos adequados pode agravar ainda mais a situação, comprometendo a biodiversidade e as comunidades que dependem da floresta para sua subsistência.

O BNDES destacou que as doações recebidas não são destinadas a projetos específicos, mas compõem os recursos do fundo, sendo liberados conforme a execução das ações planejadas. No entanto, a falta de transparência e a demora na aplicação dos recursos têm sido alvo de críticas por parte de ambientalistas e da sociedade civil.

Apesar das críticas, o Fundo Amazônia aprovou cerca de R$ 940 milhões em novos projetos desde sua reativação em 2023, incluindo iniciativas como Restaura Amazônia, Amazônia na Escola e Sanear Amazônia. Esses projetos visam fortalecer o combate ao desmatamento e às queimadas, além de promover a restauração florestal e o monitoramento do uso do solo.

A gestão eficiente dos recursos do Fundo Amazônia é crucial para a preservação da floresta e o combate às mudanças climáticas. A sociedade espera que os recursos sejam aplicados de forma transparente e eficaz, garantindo que a Amazônia continue a desempenhar seu papel vital no equilíbrio ambiental do planeta.

 

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