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FUNKEIROS DIVIDEM OPNIÕES AO APOIAR NUNES E MARÇAL: O IMPACTO NO VOTO DA PERIFERIA DE SP

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A recente manifestação de apoio de importantes figuras do funk ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao candidato Pablo Marçal (PRTB) está causando uma divisão significativa dentro do movimento e gerando um intenso debate sobre as preferências políticas nas periferias de São Paulo.

Duas das maiores produtoras de funk de São Paulo, a GR6 e a Love Funk, declararam apoio a Nunes e Marçal, respectivamente. Rodrigo Oliveira, fundador da GR6, firmou uma parceria com a Prefeitura de São Paulo para a reforma de quadras esportivas, o que gerou críticas ao prefeito e à gestão municipal. Já Henrique Viana, conhecido como Rato da Love, recebeu Marçal em seus estúdios na zona leste, onde ambos posaram para fotos e gravaram vídeos que ironizavam o candidato Guilherme Boulos (PSOL).

A reação dentro do movimento funk foi imediata e intensa. MC Hariel, um dos artistas mais influentes do gênero, criticou duramente o apoio a Marçal, lembrando que o candidato já fez declarações depreciativas sobre o funk em suas palestras como coach. “Sou funkeiro com orgulho. Amo esse movimento que mudou a minha vida, mas não compactuo e fico triste em ver esse tipo de pessoa tendo abertura tão fácil no nosso movimento”, declarou Hariel.

Outros artistas, como o rapper Filipe Ret e Mano Brown, líder dos Racionais MCs, também se manifestaram contra os apoios, lamentando que movimentos marginalizados estivessem apoiando “posições políticas decadentes”.

A polêmica trouxe à tona um debate mais amplo sobre o voto nas periferias de São Paulo. As preferências políticas dos jovens moradores dessas áreas estão em foco, com muitos questionando se o apoio de figuras influentes do funk pode realmente influenciar o voto da população periférica.

Com a eleição se aproximando, a divisão dentro do movimento funk pode ter um impacto significativo nas urnas. A continuidade desse debate promete influenciar não apenas a campanha de Nunes e Marçal, mas também a percepção pública sobre o papel do funk na política.

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