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GOVERNO FEDERAL ENVIA EQUIPES PARA MEDIAR CONFLITOS EM TERRAS INDÍGENAS

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Em uma ação coordenada, os Ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) enviaram equipes para Mato Grosso do Sul e Paraná com o objetivo de mediar conflitos fundiários que resultaram em uma série de ataques contra comunidades indígenas. A medida visa promover a paz e a segurança nas áreas afetadas, onde indígenas reivindicam territórios tradicionais.

No último fim de semana, ocorreram dois ataques significativos no Mato Grosso do Sul. Em Douradina, um indígena foi baleado na perna durante uma tentativa de retirada dos guarani-kaiowá da área conhecida como Panambi (GuyraKambi’y) – Lagoa Rica. Outro incidente ocorreu na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I, abrangendo partes dos territórios de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã, onde uma jovem também foi ferida.

Representantes do governo federal desembarcaram em Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (16) para iniciar o processo de mediação. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, a Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica foi delimitada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2011, mas enfrenta obstáculos judiciais que impedem a conclusão do processo demarcatório. A Terra Indígena Amambaipegua I, delimitada em 2016, também está em disputa, com proprietários rurais contestando o processo.

A assembleia Aty Guasu, principal organização política e social das etnias guarani e kaiowá, declarou que a decisão de retomar parte dos territórios reivindicados foi tomada após anos de espera pela homologação e regularização de seus territórios ancestrais. Por outro lado, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) expressou preocupação com a escalada da violência, destacando a insegurança jurídica vivenciada no estado.

O governo federal, através das equipes dos MPI e MDHC, busca uma solução pacífica e justa para os conflitos, promovendo o diálogo entre as partes envolvidas. A expectativa é que a mediação contribua para a pacificação e a garantia dos direitos dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que assegura a segurança jurídica para os proprietários rurais.

Esta iniciativa representa um passo importante na busca por soluções duradouras para os conflitos fundiários no Brasil, reafirmando o compromisso do governo com a proteção dos direitos indígenas e a promoção da paz no campo.

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