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GOVERNO TOMA DIANTEIRA E TENTA COSTURAR ACORDO SOBRE EMENDAS PARLAMENTARES

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Em meio ao impasse sobre as emendas parlamentares, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu tomar a dianteira e buscar um acordo com o Congresso Nacional. Na manhã desta segunda-feira (19), Lula se reuniu com diversos ministros e líderes do governo para discutir uma proposta que possa levar o Congresso à mesa de negociações.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente confirmou a decisão do ministro Flávio Dino, que restringiu a execução das chamadas “emendas Pix” e impositivas. Essas emendas, caracterizadas pelo pagamento imediato e sem rastreamento, têm sido alvo de críticas por falta de transparência. A decisão do STF foi vista como um movimento para forçar o Congresso a adotar um método mais transparente para a destinação dos recursos.

A estratégia do governo é se apresentar como mediador no conflito entre o Congresso e o STF. Lula reuniu-se com o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros como Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Laércio Portela (Comunicação Social) e Jorge Messias (AGU). Também participaram os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, Jaques Wagner e José Guimarães, além do chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Marcola.

O governo trabalha com a ideia de que o julgamento do STF, amplamente favorável ao ministro Flávio Dino, respalda ainda mais o Supremo na queda de braço com o Congresso. Em reservado, governistas veem a situação como uma oportunidade para reverter o que consideram um “prejuízo” herdado do governo de Dilma Rousseff, quando o modelo de emendas impositivas se consolidou.

A decisão do STF gerou reações diversas no cenário político. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criticou a medida, afirmando que o orçamento não pertence apenas ao Poder Executivo e que o Congresso Nacional tem a prerrogativa constitucional de definir a destinação dos recursos. Lira destacou a importância das emendas parlamentares para a manutenção de serviços essenciais, como as santas casas e hospitais filantrópicos.

A tentativa do governo de costurar um acordo sobre as emendas parlamentares é um passo importante para resolver o impasse entre o Congresso e o STF. A mediação do presidente Lula e a busca por um diálogo transparente e eficiente são essenciais para garantir a destinação adequada dos recursos públicos e a manutenção de serviços essenciais para a população.

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