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JUSCELINO FILHO: ALIADOS ACREDITAM QUE LULA GANHARÁ TEMPO E EVITARÁ ANTECIPAR REFORMA

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Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acreditam que ele ganhará tempo e evitará antecipar uma reforma ministerial, mesmo diante da crise envolvendo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Juscelino Filho, que é do partido União Brasil, foi recentemente indiciado pela Polícia Federal.

O Palácio do Planalto passou as últimas horas digerindo a notícia sobre o indiciamento de Juscelino Filho. Nos bastidores, a expectativa de pessoas ligadas ao presidente é que ele ganhe tempo antes de decidir os próximos passos diante da crise. A viagem que Lula faz à Europa nesta semana ajudará o presidente a esperar que a poeira baixe, segundo fontes palacianas.

A possibilidade de inserir a troca numa reforma ministerial, para diluir seu impacto político, entra e sai do cardápio desde que Juscelino se tornou alvo das primeiras denúncias, ainda no início da gestão. Ainda assim, aliados duvidam que Lula antecipe uma reformulação ampla da Esplanada, prevista somente para ocorrer no fim do ano.

Lula vinha resistindo a pressões por uma reforma, com o objetivo de garantir a coesão com a sucessão nos comandos da Câmara e do Senado. Se Lula optar mais adiante por substituir Juscelino, a tendência, na avaliação de aliados, é por uma troca pontual.

Após reunião no Planalto, o presidente Lula decidiu manter Juscelino Filho no cargo e orientou o ministro das Comunicações a reforçar sua defesa. A decisão foi tomada após reunião entre os dois na tarde desta segunda-feira (6/3), em Brasília.

O titular das Comunicações já tinha começado a estratégia antes mesmo da reunião com Lula. No início da tarde desta segunda, Juscelino publicou um vídeo chamando as denúncias contra ele de “injusta distorção dos fatos”.

Pesou a favor de Juscelino as manifestações de apoio que ele recebeu de lideranças do União Brasil. O temor no Planalto era de que uma eventual demissão do ministro agora prejudicasse o governo no Congresso. Por ora, a ordem no governo Lula é aguardar o desenrolar dos fatos e, principalmente, o julgamento do caso de Juscelino pela Comissão de Ética da Presidência da República.

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