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MUDANÇA NA CORREÇÃO DO FGTS PODE AUMENTAR JUROS DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO

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Uma mudança na correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ter um impacto significativo nos juros do crédito imobiliário. A discussão sobre a mudança na correção do FGTS está atualmente em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente, o FGTS rende a Taxa Referencial (TR) acrescida de 3% ao ano. O que está sendo analisado no STF é que a correção seja a mesma aplicada na poupança, que é a TR somada a 6% ao ano.

Se o FGTS render mais, o custo dos recursos encarece e os juros para o crédito imobiliário também ficarão mais caros. Segundo estudos da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a alteração tira o acesso à casa própria de 13 milhões de famílias de baixa renda. Isso porque, hoje, o custo médio de uma parcela de crédito imobiliário consome 25% da renda dessas famílias. Com a mudança, esse percentual passa para 31%.

A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, afirmou que a alteração pode majorar as taxas de juros de financiamento imobiliário realizadas com o fundo. Ela reforça que se o rendimento do fundo aumentar, os juros do financiamento habitacional vão ficar mais caros.

O FGTS é a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário para famílias de baixa renda, como o Minha Casa, Minha Vida, com taxas de juros mais baixas, o que deixa os valores das parcelas menores, permitindo que famílias mais pobres possam ter acesso ao programa.

A mudança na correção do FGTS é uma questão complexa que tem implicações significativas para o crédito imobiliário e para as famílias de baixa renda no Brasil. À medida que o julgamento no STF continua, o país aguarda para ver como essa mudança potencial poderia remodelar o cenário do crédito imobiliário.

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