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PEC DAS PRAIAS: ENTENDA A CONTROVÉRSIA EM 5 PERGUNTAS E RESPOSTAS

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A Proposta de Emenda à Constituição, conhecida como PEC das Praias, tem gerado intensa discussão no Brasil. A proposta sugere mudanças significativas na gestão dos terrenos à beira-mar, conhecidos como terrenos de marinha, e levanta questões sobre a possibilidade de “privatização” dessas áreas. Aqui estão cinco perguntas e respostas para entender melhor a polêmica:

  1. Como é a situação atual dos terrenos à beira-mar? Atualmente, os terrenos de marinha são faixas de terra que começam a 33 metros do ponto mais alto que a maré atinge e são propriedade da União. Eles não incluem a praia ou o mar, mas sim áreas onde geralmente se encontram hotéis e bares. A União permite o uso dessas terras por pessoas e empresas, que podem transmiti-las aos herdeiros, desde que paguem impostos específicos.
  2. O que mudaria com a PEC? A PEC propõe autorizar a venda dos terrenos de marinha para empresas e pessoas que já ocupam a área. Isso significaria que os lotes deixariam de ser compartilhados entre o governo e os ocupantes, passando a ter um único proprietário, como um hotel ou resort. Áreas não ocupadas e locais de serviços públicos, como portos e aeroportos, permaneceriam com o governo.
  3. Isso significaria a privatização das praias? A diretora de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente explica que a proposta poderia “privatizar o acesso à praia, e não a praia em si”. A parte da praia frequentada pelos banhistas continuaria pública. No entanto, há preocupações de que a proposta permita que empresas cerquem o terreno e impeçam a passagem de banhistas na faixa de areia.
  4. Quem defende a PEC? Defensores da PEC argumentam que a venda dos terrenos de marinha pode estimular o desenvolvimento econômico e turístico, além de resolver disputas judiciais sobre a propriedade dessas áreas.
  5. Quem critica a PEC? Críticos da PEC temem que a venda dos terrenos possa levar à restrição do acesso público às praias e ao favorecimento de interesses privados em detrimento do bem comum. A polêmica ganhou destaque após uma troca de farpas entre a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar nas redes sociais.

A PEC das Praias ainda está longe de ser analisada por comissões e pelo plenário, e o presidente do Senado indicou que a matéria não está entre as prioridades de votação. No entanto, a discussão continua acesa, refletindo as tensões entre desenvolvimento, direitos de propriedade e acesso público às belezas naturais do Brasil.

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