PT E PSOL: DISPUTA FINANCEIRA NA CAMPANHA DE SÃO PAULO

O PSOL deseja que o PT contribua com cerca de R$ 40 milhões para atingir o limite legal de gastos estimado em R$ 70 milhões. No entanto, a expectativa dentro do PT é que o aporte seja menor do que o solicitado, uma vez que pré-candidatos petistas de outras cidades também reivindicam recursos para suas próprias campanhas.

O PT já indicou que fará repasses a Boulos, mas o valor exato ainda não foi definido. Esse apoio está condicionado à reciprocidade do PSOL: o partido deve apoiar a candidatura de Rogério Correia (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte. Essa mesma condição também era desejada pelo PDT de Duda Salabert.

Em uma reunião virtual, o comando do PT decidiu não destinar recursos de seu fundo eleitoral a outros partidos nas eleições de 2024. Essa resolução, que será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permite apenas a destinação de recursos a candidaturas de petistas a vice em cidades com mais de 100 mil habitantes, desde que aprovado pela Executiva Nacional do PT. Apesar disso, defensores da candidatura de Boulos nutriam a esperança de que uma exceção fosse feita em 2024, considerando a importância da disputa em São Paulo para a esquerda. Agora, a esperança no PSOL é que Lula intervenha em favor de Boulos para garantir um repasse maior.

A batalha financeira entre PT e PSOL na campanha paulistana reflete as complexidades das alianças políticas e os desafios de equilibrar interesses partidários. Resta saber como essa disputa se desenrolará nos próximos meses, enquanto os candidatos se preparam para a corrida eleitoral em São Paulo.