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Brasil

STF: ENTRE A ATUAÇÃO E A CONFLAGRAÇÃO DA SOCIEDADE

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, provocou reflexões ao afirmar que os juízes da Corte estão “metidos em muita coisa”. Essa observação, feita durante o Fórum de Lisboa, organizado pelo IDP, surge em meio a debates sobre o papel do STF e sua relação com os desafios sociais.

Dino ressalta que a intensa atividade do STF não é resultado de uma busca deliberada por processos, mas sim uma consequência da “conflagração da sociedade”. Quando situações conflituosas não encontram outras portas, o prédio imponente do Supremo se torna um refúgio. E, segundo o ministro, “nós não podemos jogar os problemas no mar ou no Lago Paranoá, nós não podemos prevaricar.”

A atuação do STF, portanto, reflete a complexidade e os dilemas enfrentados pelo país. A descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal, recentemente decidida pela Corte, exemplifica essa tensão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) opinou que o “Supremo não tem que se meter em tudo”, desencadeando debates sobre limites e responsabilidades.

Gilmar Mendes, também ministro do STF, considera que o presidente faz uma “autocrítica do próprio sistema”. Ele destaca que o Supremo não busca causas, mas são as pessoas que provocam. Já Luís Roberto Barroso, presidente da Suprema Corte, defende a liberdade de expressão de Lula e reafirma o papel do STF.

Além disso, Dino aponta a dificuldade do Congresso em debater temas, resultando em confrontos físicos como método de disputa política. O desafio é encontrar ambiente para resolver controvérsias. Assim, o STF, entre aspas, continua a se envolver em muita coisa, refletindo a turbulência e a vitalidade da sociedade brasileira.

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