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Brasil

AGRO DO RS CRITICA DECISÃO DO GOVERNO DE IMPORTAR ARROZ: ENTENDA A CONTROVÉRSIA

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O setor agrícola do Rio Grande do Sul criticou a decisão do governo federal de importar até um milhão de toneladas de arroz para manter o preço do produto estável no mercado interno. Segundo os produtores, a medida não era necessária e poderia prejudicar o setor.

O presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, garantiu que não faltará arroz no mercado brasileiro. Ele afirmou que, mesmo com as dificuldades na colheita devido às recentes enchentes no estado, o Rio Grande do Sul tem condições de atender o país.

“Trago uma palavra oficial da entidade que representa o setor arrozeiros. Faltam 17% do Estado para colher. O problema é que a área mais atrasada está na região central do Estado, que foi a que mais sofreu com as chuvas”, afirmou Velho. “Mesmo que tenhamos dificuldade na colheita deste saldo, certamente o Rio Grande do Sul tem condições de atender o país. Reafirmo que não temos problemas para o abastecimento interno e não há necessidade de importação”, completou.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a importação, afirmando que a medida visa combater a especulação selvagem em um momento de tristeza no Rio Grande do Sul. Ele pontuou que a intenção não é desprestigiar os produtores ou reduzir o preço do produto, mas garantir a estabilidade do mercado.

A decisão de importar arroz ocorre em um contexto de aumento da produção nacional. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2023/24 serão produzidas 10,6 milhões de toneladas de arroz no Brasil, um aumento de 5,3% em relação à safra anterior. O Rio Grande do Sul é responsável por mais de 70% do total nacional, com uma safra estimada em 7,4 milhões de toneladas.

A controvérsia entre o setor agrícola do Rio Grande do Sul e o governo federal sobre a necessidade de importação de arroz destaca a complexidade do gerenciamento da produção e do abastecimento de alimentos no Brasil. Enquanto o governo busca garantir a estabilidade dos preços e do abastecimento, os produtores locais se preocupam com o impacto dessas medidas em seus negócios e na economia local.

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