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OLIMPÍADA DE PARIS: RISCO DE SUPERPROPAGAÇÃO DA DENGUE

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A Olimpíada de Paris, que aguarda a chegada de mais de 10 milhões de atletas, espectadores, dirigentes e turistas à cidade para o evento, pode se tornar um superpropagador da dengue. Em setembro de 2023, várias pessoas contraíram dengue em Paris, na França, marcando o surto mais ao norte já registrado.

O conceito de superpropagador na epidemiologia de infecções não é novo. Significa que uma pequena fração da população, talvez apenas uma pessoa, é responsável pela maioria dos casos. Em termos de dengue, uma análise do Peru sobre a superpropagação sugere que 8% dos espaços ocupados por humanos são responsáveis por mais da metade dos casos.

Esta não é a primeira vez que as Olimpíadas são identificadas como um fator de risco para epidemias virais. Os Jogos de 2016, no Brasil, quase foram adiados por causa dos temores sobre o Zika — outro vírus transmitido pelo mosquito Aedes.

O que há de diferente em Paris? O Aedes se espalhou consideravelmente mais do que em 2016, e o número de casos de dengue em todo o mundo aumentou dramaticamente no mesmo período. Em 2016, foram notificados 5,2 milhões de casos em todo o mundo. Em meados de 2024, já ocorreram 7,6 milhões de casos.

Para que os Jogos Olímpicos de Paris se tornem um evento de grande difusão, vários fatores devem se sobrepor. É preciso haver mosquitos suficientes, pessoas suscetíveis e já infectadas suficientes. Dentro do período da Olimpíada, um atleta ou espectador infectado pode ser picado uma vez por um mosquito e causar uma epidemia em cerca de uma semana. Portanto, é crucial que medidas preventivas sejam tomadas para evitar a propagação da dengue durante a Olimpíada de Paris.

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