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GOVERNO HADDAD PRONTO PARA CEDER: CONSENSO OU CAPITULAÇÃO NO CONGRESSO?
Em uma declaração surpreendente, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, revelou que o governo está disposto a ceder nas negociações com o Congresso Nacional. Essa postura, que muitos veem como uma capitulação, visa evitar a polarização e avançar com as reformas econômicas, mas levanta questões sobre a firmeza do governo em suas políticas.
Durigan afirmou que o Ministério da Fazenda tem insistido no diálogo, mesmo com certa teimosia em alguns temas, para garantir o equilíbrio das contas públicas e promover o desenvolvimento do país. “A gente aposta na formação de consensos no Congresso, estamos dispostos a ceder da ideia inicial concebida na Fazenda”, declarou Durigan. Para críticos, essa disposição para ceder pode ser vista como uma fraqueza, comprometendo a capacidade do governo de implementar suas políticas de forma eficaz.
Entre as principais pautas em discussão estão a desoneração da folha de pagamento, as dívidas dos estados e a reforma tributária. Durigan destacou que, em um ano e meio de governo, muitas entregas foram feitas, mesmo que não da forma esperada ou desejada. No entanto, a disposição para ceder levanta dúvidas sobre a capacidade do governo de manter suas promessas e alcançar resultados concretos.
O secretário executivo reforçou que o governo não abre mão do equilíbrio das contas públicas. Recentemente, o presidente autorizou a revisão do gasto público em R$ 25 bilhões, medida que será incluída no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) a ser enviado ao Congresso até o final de agosto. No entanto, a disposição para ceder pode colocar em risco o compromisso com o equilíbrio fiscal, um pilar fundamental para a estabilidade econômica do país.
A postura do governo foi recebida com ceticismo por alguns analistas, que veem a sinalização de possíveis concessões como uma medida arriscada. Há preocupações sobre os efeitos de uma postura mais flexível nas negociações, especialmente em um momento de recuperação econômica pós-pandemia. A capacidade do governo de manter a credibilidade da política econômica está em jogo.
A disposição do governo Haddad para ceder nas negociações com o Congresso pode ser vista como uma tentativa de promover o consenso, mas também levanta questões sobre a firmeza e a eficácia de suas políticas. O cenário econômico continua desafiador, e a capacidade do governo de navegar por essas águas turbulentas será testada nos próximos meses.
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