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ATLETA REFUGIADA É DESQUALIFICADA EM PARIS POR DEFENDER MULHERES CONTRA O TALIBÃ

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Na última sexta-feira, 9 de agosto de 2024, a atleta refugiada Manizha Talash foi desqualificada da competição de breaking B-Girl nas Olimpíadas de Paris. A jovem afegã, que fugiu de seu país em 2021 após a tomada de poder pelo Talibã, competia pela Equipe Olímpica de Refugiados e usava uma capa com a mensagem “Mulheres Afegãs Livres” durante sua apresentação.

Manizha Talash, de 21 anos, revelou a capa azul-bebê com a mensagem política durante sua batalha pré-qualificatória. A World DanceSport Federation, órgão que governa o esporte, declarou que a atleta foi desqualificada por exibir um slogan político em seu traje, o que viola as regras da competição. Talash, que agora reside na Espanha, afirmou que sua intenção era chamar a atenção para a situação das mulheres em seu país natal, onde os direitos das mulheres têm sido severamente restringidos pelo regime do Talibã.

O Afeganistão, sob o governo do Talibã, tornou-se um dos países mais repressivos do mundo em relação aos direitos das mulheres. O grupo islâmico linha-dura fechou escolas secundárias para meninas, proibiu mulheres de frequentar universidades e restringiu suas viagens sem um acompanhante masculino. Além disso, as mulheres foram proibidas de frequentar espaços públicos como parques e academias, criando um clima de medo e intimidação.

A desqualificação de Talash gerou uma onda de apoio e solidariedade nas redes sociais e entre ativistas de direitos humanos. Muitos elogiaram sua coragem e destacaram a importância de usar plataformas internacionais para dar voz às causas sociais. “Eu não deixei o Afeganistão porque tenho medo do Talibã ou porque não posso viver lá”, disse Talash antes da competição. “Saí porque quero fazer o que puder pelas meninas no Afeganistão, pela minha vida, meu futuro, por todos”.

A história de Manizha Talash é um poderoso lembrete da luta contínua pelos direitos das mulheres em todo o mundo. Sua desqualificação nas Olimpíadas de Paris não apenas destaca as restrições impostas às atletas, mas também reforça a necessidade de continuar lutando por igualdade e justiça.

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