Cidades
GESTÃO CAZELLATO: PRIORIDADES QUESTIONÁVEIS EM PAULÍNIA
A gestão do prefeito Du Cazellato tem gerado polêmica ao investir em pontos de ônibus que custam mais caro do que a construção de casas populares. Segundo informações obtidas no Portal da Transparência, cada ponto de ônibus do modelo “Estação Paulínia” custou em média R$ 130 mil aos cofres públicos, enquanto o custo médio para construir uma casa popular no Brasil é de aproximadamente R$ 90 mil, conforme dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Até o momento, a administração de Cazellato instalou quatro desses pontos de ônibus, totalizando um gasto superior a R$ 500 mil. Dois foram colocados em frente à Prefeitura e outros dois na saída da cidade, ao lado do Portal Medieval. O pregão presencial n.º 04/22 revela que apenas o abrigo deste modelo custou R$ 99.911,61. Além disso, há custos adicionais para a instalação de painéis de LED que mostram horários (cerca de R$ 13 mil), sistemas de iluminação, construção de calçadas (até R$ 31 mil), lixeiras e remoção de abrigos antigos, elevando o custo total para cerca de R$ 130 mil por ponto.
Em contraste, o custo médio para construir uma casa popular de 60 metros quadrados no Brasil é de aproximadamente R$ 90 mil. Isso significa que o valor gasto em um único ponto de ônibus poderia quase financiar a construção de duas casas populares. Este fato torna-se ainda mais relevante considerando que, em cinco anos de mandato, o prefeito Du Cazellato não entregou nenhum conjunto habitacional, apesar de ter prometido a construção de casas populares durante suas campanhas eleitorais de 2019 e 2020.
A falta de investimentos em habitação popular tem sido uma crítica constante à gestão de Cazellato. Atualmente, cerca de 4.500 paulinenses aguardam na fila por uma moradia popular, segundo dados da Secretaria Municipal de Habitação. A promessa de construção de casas populares, não cumprida por Cazellato, agora é repetida por Danilo Barros, candidato a prefeito apoiado pelo atual gestor, nas eleições deste ano.
A ausência de políticas habitacionais eficazes e o alto investimento em infraestrutura de transporte têm gerado insatisfação entre os moradores de Paulínia. A população questiona as prioridades da administração, especialmente em um contexto onde a demanda por moradias populares é alta e não atendida.
A gestão de Du Cazellato em Paulínia tem sido marcada por decisões controversas, como o alto investimento em pontos de ônibus caros, em detrimento da construção de habitações populares. Com as eleições se aproximando, a população espera que as promessas de melhorias habitacionais finalmente se concretizem.
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