Brasil
GOVERNO ALOCA R$28 BILHÕES FORA DO ORÇAMENTO PARA ENFRENTAR DESASTRES NATURAIS EM 2024
Em uma medida emergencial para enfrentar os crescentes desafios climáticos, o governo federal anunciou que gastará R$ 28 bilhões fora do arcabouço fiscal em 2024 para combater eventos extremos, como enchentes e queimadas. Esta decisão visa garantir recursos suficientes para responder de maneira eficaz às calamidades que têm afetado diversas regiões do país.
O Brasil tem enfrentado uma série de eventos climáticos extremos nos últimos anos, incluindo enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul e incêndios florestais na Amazônia e no Pantanal. Esses desastres naturais não apenas causam danos ambientais significativos, mas também afetam a vida de milhares de pessoas, destruindo propriedades e infraestrutura.
Para enfrentar esses desafios, o governo federal decidiu alocar R$ 28 bilhões fora do arcabouço fiscal, que é o conjunto de regras que limita o crescimento das despesas públicas. Essa medida permite que os recursos sejam utilizados de forma mais flexível e rápida, sem impactar diretamente as metas fiscais estabelecidas.
Os recursos serão distribuídos da seguinte forma:
- R$ 27,4 bilhões serão destinados ao enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, conforme detalhado no mais recente Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
- R$ 514 milhões serão utilizados para combater as queimadas na Amazônia e no Pantanal, conforme previsto em medida provisória enviada ao Congresso pelo Executivo.
Esses valores foram autorizados por créditos extraordinários, que, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, não impactam os limites de despesa do arcabouço fiscal.
A decisão de gastar fora do arcabouço fiscal tem gerado discussões entre economistas e especialistas em contas públicas. Alguns argumentam que a medida é necessária para enfrentar crises imediatas e proteger a população, enquanto outros expressam preocupações sobre o impacto a longo prazo nas finanças públicas.
Murilo Viana, economista da GO Associados, destacou que a frequência crescente de eventos climáticos extremos exige uma abordagem mais proativa e flexível. “O aprendizado com essas tragédias mostra que precisamos de um planejamento orçamentário que inclua recursos para desastres naturais, garantindo uma resposta rápida e eficaz”, afirmou Viana.
A alocação de R$ 28 bilhões fora do arcabouço fiscal para combater eventos extremos em 2024 demonstra o compromisso do governo em proteger a população e mitigar os impactos dos desastres naturais. Embora a medida seja vista como necessária por muitos, ela também levanta questões sobre a sustentabilidade fiscal a longo prazo. O desafio agora é equilibrar a resposta imediata às crises com a manutenção da saúde financeira do país.
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