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TRADIÇÃO E DIPLOMACIA: POR QUE O BRASIL É O PRIMEIRO A DISCURSAR NA ASSEMBLEIA-GERAL DA ONU?

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Desde a criação das Nações Unidas em 1945, o Brasil tem a honra de ser o primeiro país a discursar na Assembleia-Geral da ONU. Mas por que essa tradição se mantém até hoje? Vamos explorar as razões históricas e diplomáticas por trás dessa prática.

Nos primeiros anos da ONU, muitos países relutavam em ser os primeiros a falar na Assembleia-Geral. O Brasil, então, se voluntariou para abrir os debates em várias ocasiões, como em 1949, 1950 e 1951. Essa disposição brasileira acabou se tornando uma tradição oficial a partir de 1955.

Uma das teorias para essa escolha é a neutralidade do Brasil durante a Guerra Fria. Em um período de tensões entre Estados Unidos e União Soviética, o Brasil era visto como um país neutro, o que ajudava a evitar conflitos logo no início das sessões.

Outra explicação é que o Brasil recebeu essa posição como um reconhecimento por sua contribuição diplomática e por ser um dos membros fundadores da ONU. A tradição também reflete a importância do Brasil no cenário internacional e sua capacidade de dialogar com diversas nações.

Ser o primeiro a discursar na Assembleia-Geral da ONU dá ao Brasil uma plataforma significativa para apresentar suas perspectivas sobre questões globais. Isso permite ao país influenciar o tom dos debates e destacar suas prioridades em temas como desenvolvimento sustentável, direitos humanos e paz mundial.

Ao longo dos anos, diversos presidentes brasileiros mantiveram essa tradição, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou na abertura da 79ª Sessão da Assembleia-Geral em 2024. Essa continuidade reforça a posição do Brasil como um ator relevante e respeitado na arena internacional.

A tradição de o Brasil ser o primeiro a discursar na Assembleia-Geral da ONU é um testemunho de sua longa história de envolvimento diplomático e de sua posição estratégica no cenário global. Essa prática não só honra o passado, mas também fortalece o papel do Brasil na construção de um futuro mais cooperativo e pacífico.

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