Brasil
Em resposta a um alarmante relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a criação de um comitê especial para estudar e enfrentar a elevação do nível do mar. A medida foi oficializada no Diário Oficial do município na última quarta-feira (28), destacando a urgência de ações coordenadas para mitigar os impactos ambientais e sociais dessa ameaça.
O relatório da ONU, intitulado “Mares Agitados em um Mundo em Aquecimento”, projetou que o nível do mar na capital carioca pode aumentar entre 12 e 21 centímetros até 2050. Essa elevação coloca o Rio de Janeiro entre as cidades mais vulneráveis do mundo, com riscos significativos de inundações costeiras e outros desastres naturais.
O recém-criado Comitê de Estudos Científicos Sobre a Elevação dos Mares será presidido pela Secretaria Municipal de Coordenação Governamental e contará com a participação de diversas secretarias e órgãos municipais, incluindo a Secretaria de Meio Ambiente e Clima, o Instituto Pereira Passos e a Fundação Rio-Águas. O comitê terá a missão de:
- Realizar estudos e pesquisas sobre os impactos da elevação do nível do mar.
- Promover audiências e consultas públicas para envolver a comunidade.
- Desenvolver e implementar políticas públicas voltadas à mitigação dos efeitos da elevação do mar.
- Organizar um banco de dados com informações das pesquisas realizadas.
- Consultar órgãos científicos nacionais e internacionais para a implementação de ações eficazes.
O prefeito Eduardo Paes destacou a importância da criação do comitê como uma medida preventiva essencial. “Estamos tomando ações concretas para proteger nossa cidade e nossos cidadãos. A elevação do nível do mar é uma realidade que não podemos ignorar”, afirmou Paes.
Especialistas em meio ambiente e urbanismo também elogiaram a iniciativa, mas ressaltaram a necessidade de ações rápidas e eficazes. “A criação do comitê é um passo importante, mas precisamos de políticas públicas robustas e investimentos significativos para enfrentar essa crise”, comentou a urbanista Maria Silva.
Bairros icônicos do Rio de Janeiro, como Copacabana, Ipanema e Leblon, estão entre as áreas mais ameaçadas pela elevação do nível do mar. A população dessas regiões já enfrenta desafios relacionados à erosão costeira e inundações, e a situação pode se agravar nos próximos anos se medidas eficazes não forem implementadas.
O comitê começará suas atividades imediatamente, com a primeira reunião agendada para a próxima semana. A expectativa é que, a partir dos estudos e das consultas públicas, sejam desenvolvidas estratégias de curto, médio e longo prazo para mitigar os impactos da elevação do nível do mar e proteger a cidade e seus habitantes.
A criação deste comitê representa um compromisso do Rio de Janeiro com a sustentabilidade e a resiliência urbana, destacando a importância de ações coordenadas e baseadas em evidências científicas para enfrentar os desafios ambientais do século XXI.
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