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ATO EM DEFESA DE BOLSONARO REÚNE 32 MIL PESSOAS; EX-PRESIDENTE POUPA STF E TERCEIRIZA ATAQUES A MORAES

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O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizado no domingo, 21 de abril, no Rio de Janeiro, reuniu 32.750 pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). Este número representa 17% do público na manifestação na Avenida Paulista, em fevereiro (185 mil), e metade do registrado no outro protesto em defesa de Bolsonaro no mesmo lugar, em 2022 (64,6 mil).

O evento foi marcado por acusações de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além disso, houve manifestações de gratidão ao empresário Elon Musk, dono da Tesla, da SpaceX e da rede de satélites Starlink.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro, deixou claro, ao chegar a Copacabana, qual era o principal objetivo do evento. “Meu negócio não é STF, meu negócio é Alexandre de Moraes”, disse. Em seu discurso, Bolsonaro preferiu tratar de Elon Musk. Disse que o empresário é um “mito da liberdade” e fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe de governo do petista. O ex-presidente, alvo de investigação por tentativa de golpe de Estado, terceirizou a aliados os ataques a Moraes e sugeriu que a pressão que sofre seria para “concluir o trabalho de Juiz de Fora”, onde foi vítima de uma facada em 2022.

Bolsonaro voltou a minimizar a minuta do golpe, documento encontrado pela Polícia Federal. Segundo a investigação, Bolsonaro não só tinha conhecimento como também editou o texto que poderia ser usado para justificar uma ruptura sem motivos legais. “É uma proposta que o presidente dentro de suas atribuições constitucionais pode submeter ao Congresso brasileiro. O presidente só baixa decreto depois que o Parlamento der o sinal verde”, disse. Após os discursos, Bolsonaro posou para a multidão, que o aplaudiu e gritou palavras de ordem em seu apoio.

O ex-presidente também fez críticas ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a quem acusou de “trair o Brasil” ao não pautar os pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes. “Pacheco, você traiu o Brasil”, disse Bolsonaro, que foi aplaudido pelos presentes. Apesar das críticas a Moraes e Pacheco, Bolsonaro poupou o STF como um todo. Ele disse que respeita a instituição, mas que não concorda com algumas decisões tomadas por seus membros. “Eu respeito o STF, mas não concordo com algumas decisões”, afirmou.

O ato pró-Bolsonaro foi encerrado com um show do cantor Sérgio Reis, que cantou músicas de protesto contra o STF e o governo Lula. A manifestação foi pacífica e não houve registro de confrontos com a polícia.

Em resumo, o ato em defesa de Bolsonaro reuniu um público menor do que o esperado, mas mostrou que o ex-presidente ainda tem um grupo fiel de apoiadores que estão dispostos a ir às ruas para defendê-lo. Bolsonaro, por sua vez, mostrou que está disposto a continuar a luta política, mesmo enfrentando investigações e processos na justiça.

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