Brasil
BOLSONARO E SALLES: CONFLITO E REAPROXIMAÇÕES MARCAM RELAÇÃO ENTRE EX-PRESIDENTE E EX-MINISTRO
A relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, marcada por uma longa parceria e várias polêmicas, passa novamente por altos e baixos. Recentemente, os dois têm protagonizado trocas de farpas públicas e aparentes desentendimentos, gerando especulações sobre um possível rompimento. No entanto, aliados próximos afirmam que, apesar das desavenças, a aliança entre Bolsonaro e Salles parece ter uma espécie de “elástico” – estica, mas sempre volta ao normal.
Segundo fontes próximas, os atritos entre Bolsonaro e Salles não são uma novidade. Ao longo do governo, o então presidente e o ministro protagonizaram episódios de discordâncias, principalmente sobre temas estratégicos e a condução de políticas ambientais. Apesar disso, Salles permaneceu ao lado de Bolsonaro até o final do mandato, consolidando uma relação que, segundo assessores, se baseia em interesses e objetivos políticos comuns.
A mais recente desavença entre os dois líderes de direita teria começado devido a declarações públicas de Salles sobre Bolsonaro e críticas indiretas ao tratamento que o ex-presidente teria dado ao setor ambiental. Em uma de suas falas, Salles chegou a sugerir que a gestão ambiental de Bolsonaro poderia ter sido mais “tática”, insinuando uma insatisfação com algumas decisões tomadas durante o governo. O comentário não foi bem-recebido por Bolsonaro, que considerou as observações de Salles como uma tentativa de se distanciar de sua figura, especialmente em um momento delicado para sua imagem pública.
Além disso, com o cenário político em constante mudança, há indícios de que Salles busca fortalecer sua própria posição, considerando a possibilidade de disputar cargos mais elevados e se consolidar como uma figura autônoma dentro da direita brasileira. Essa intenção, de acordo com analistas, pode estar gerando certo desconforto na relação, pois Bolsonaro vê qualquer afastamento de antigos aliados como uma ameaça à sua base de apoio.
Apesar das desavenças, aliados próximos a Bolsonaro e Salles minimizam os conflitos, tratando-os como “diferenças normais” em um cenário político competitivo. Para esses interlocutores, as disputas entre os dois são naturais em um campo político onde ambos possuem personalidades fortes e objetivos próprios, mas as ideologias e valores comuns acabam sempre os aproximando novamente.
Um dos principais articuladores da reconciliação entre Bolsonaro e Salles é um grupo de parlamentares e líderes políticos que ainda enxergam potencial na união dos dois, principalmente pensando nas eleições de 2026. Para esses aliados, a aliança entre o ex-presidente e o ex-ministro ainda é vantajosa para ambas as partes, já que Bolsonaro ainda exerce influência significativa sobre uma parcela do eleitorado, enquanto Salles traz experiência e apelo entre eleitores preocupados com o agronegócio e o setor ambiental.
A relação entre Bolsonaro e Salles é acompanhada com atenção pelos apoiadores de direita e pela base bolsonarista. Uma possível ruptura entre os dois poderia gerar divisões em um grupo que, historicamente, se mostra coeso e fiel ao ex-presidente. A base de Bolsonaro, que se caracteriza pela lealdade, tende a rejeitar aliados que se afastam do ex-presidente, o que pode representar um desafio para Salles caso decida manter uma postura crítica em relação ao antigo líder.
Por outro lado, a capacidade de Salles de se manter próximo de Bolsonaro enquanto constrói sua própria imagem é vista como um trunfo estratégico. Caso os dois consigam superar as desavenças, a união entre eles pode fortalecer a oposição, já que somam forças em questões como o combate à esquerda e a crítica a políticas ambientais de governos progressistas.
As especulações sobre as eleições de 2026 estão no centro da tensão entre Bolsonaro e Salles. Muitos acreditam que o ex-ministro estaria mirando uma candidatura própria, talvez para o Senado ou até para o governo de São Paulo, o que o obrigaria a ganhar maior visibilidade e autonomia. Esse cenário causa receio em Bolsonaro, que tende a manter antigos aliados sob sua influência direta.
Entretanto, caso decidam seguir juntos, Bolsonaro e Salles podem construir uma parceria que reforça suas pautas comuns, como a defesa do agronegócio e a crítica ao ambientalismo progressista. A cooperação entre ambos é vista como um potencial divisor de águas na corrida eleitoral de 2026, especialmente em um cenário polarizado.
A relação entre Jair Bolsonaro e Ricardo Salles segue uma dinâmica de altos e baixos, onde divergências e reconciliações são constantes. Para aliados próximos, as recentes disputas são apenas um reflexo da pressão política e dos desafios individuais de cada um. E, mesmo que as “brigas” ganhem os holofotes, o histórico de reconciliações entre os dois indica que, assim como já aconteceu antes, eles têm grandes chances de se entender novamente, unidos pelos interesses compartilhados e pelas pautas ideológicas que conquistaram o eleitorado de direita.
O cenário ainda pode mudar nos próximos meses, mas, até lá, a expectativa é de que Bolsonaro e Salles continuem “brigando e voltando” – um reflexo das alianças complexas que moldam o cenário político brasileiro.
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