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CCJ APROVA LIMITE PARA PRODUÇÃO E VENDA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO COM ESTAMPIDO: PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE E BEM-ESTAR ANIMAL GANHAM FORÇA

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deu um passo importante nesta semana ao aprovar a proposta que estabelece um limite para a produção e venda de fogos de artifício com estampido no Brasil. A medida, que ainda passará pelo plenário da Câmara dos Deputados, é parte de um movimento crescente em prol do bem-estar animal e da proteção ambiental, trazendo alívio para milhões de cidadãos, animais de estimação e espécies silvestres afetados pelo som estridente dos fogos.

A proposta aprovada na CCJ limita a intensidade sonora dos fogos de artifício, o que deverá impactar diretamente a fabricação e a comercialização desses produtos no país. Se aprovada no plenário, a medida significará uma restrição significativa, atendendo a demandas de organizações ambientais, associações de defesa dos direitos dos animais e ativistas que há anos denunciam os prejuízos causados pelo estampido dos fogos.

A proposta prevê que os fogos de artifício, tradicionalmente conhecidos por seu barulho intenso, sejam limitados a um nível sonoro específico que minimize o impacto auditivo em áreas urbanas e rurais. Esses produtos, conhecidos como fogos de “baixo estampido”, deverão substituir progressivamente aqueles que produzem ruídos mais altos, especialmente em celebrações públicas e festas de grande porte.

De acordo com o texto aprovado pela CCJ, serão estabelecidos padrões de decibéis máximos, que deverão ser respeitados pelos fabricantes e comerciantes. A fiscalização ficará a cargo de órgãos municipais e estaduais, que terão a responsabilidade de garantir o cumprimento das novas normas em festas populares, eventos esportivos, e datas comemorativas. A transição deverá ocorrer gradualmente, permitindo que as empresas ajustem sua produção ao novo padrão.

A aprovação do limite para fogos de artifício com estampido é celebrada como um avanço importante para a saúde pública e o bem-estar animal. O barulho intenso causado pelos fogos é um problema para várias populações:

1. **Animais Domésticos e Silvestres:** Cachorros, gatos, pássaros e outros animais são altamente sensíveis ao som, o que pode causar desde medo e desorientação até acidentes e, em alguns casos, mortes. A nova medida busca proteger essas populações vulneráveis, evitando o sofrimento dos animais e diminuindo riscos de acidentes relacionados ao pânico.

2. **Pessoas Idosas, Crianças e Pessoas com Condições de Saúde:** Para muitos idosos, bebês e pessoas com condições sensíveis ao som, como autismo e transtornos de ansiedade, o som dos fogos pode causar grande desconforto e crises. A proposta visa criar um ambiente mais seguro e confortável para todos os cidadãos, especialmente em datas comemorativas.

3. **Proteção Ambiental:** Em regiões de grande diversidade animal, o barulho intenso pode afetar o ecossistema local. A nova medida reduz esses impactos, promovendo um ambiente mais tranquilo para as espécies que habitam parques, florestas e outras áreas naturais.

Apesar do apoio expressivo, o projeto enfrenta resistência de parte dos produtores de fogos de artifício e de alguns setores do comércio, que afirmam que a medida pode afetar suas vendas, especialmente durante o Carnaval, Réveillon e festas juninas. Fabricantes defendem que o setor deve ter mais tempo para adaptar-se às novas normas, considerando o custo de desenvolver produtos de baixo estampido e os impactos econômicos de uma transição.

Em contrapartida, organizações de proteção animal, associações médicas e entidades ambientais celebraram a decisão como uma vitória, apontando os benefícios amplos para a saúde pública e o respeito ao meio ambiente. Para eles, a medida é uma resposta importante para uma sociedade cada vez mais consciente e preocupada com a convivência harmônica entre seres humanos e outras formas de vida.

Após a aprovação na CCJ, o projeto segue agora para o plenário da Câmara, onde será debatido e votado. Caso aprovado, o texto ainda deverá passar pelo Senado antes de ser sancionado pelo presidente. A expectativa é que a transição para os novos padrões ocorra de forma gradual, mas que esteja plenamente implementada nos próximos anos.

Com a aprovação final, o Brasil se junta a outros países que já adotaram regulamentações semelhantes, buscando um equilíbrio entre as tradições culturais e o bem-estar das pessoas e dos animais. Especialistas e ambientalistas consideram essa medida um marco importante na luta por uma sociedade mais inclusiva e sustentável.

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