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Estado SP

DESAFIO DA TRANSPARÊNCIA: POLICIAIS MILITARES DE SP IGNORAM GRAVAÇÃO EM METADE DAS OCORRÊNCIAS

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Uma investigação realizada pela Defensoria Pública do estado de São Paulo revelou que policiais militares estão deixando de acionar o modo intencional de gravação das câmeras corporais em 50% das ocorrências analisadas. O levantamento, baseado em prisões ocorridas na capital paulista em 2024, aponta para uma preocupante falta de registro audiovisual em momentos cruciais.

Das 96 ocorrências selecionadas por amostragem, apenas 40 tiveram acesso a imagens relacionadas. Metade dessas ocorrências apresenta apenas a gravação de rotina, que filma com menor qualidade de imagem e não capta áudio. A gravação intencional, que aumenta a resolução e registra som, depende do acionamento manual pelo policial.

A análise das imagens revelou situações alarmantes, como a retirada deliberada das câmeras do uniforme e a obstrução dos aparelhos durante abordagens. Entre os casos identificados, há registros de agressões físicas por parte dos policiais, incluindo chutes e socos. Algumas abordagens foram prejudicadas porque as câmeras corporais foram deixadas nas viaturas.

A gravação ininterrupta das ações policiais é fundamental para a transparência e a prestação de contas à sociedade. A falta de acionamento das câmeras compromete a confiabilidade dos procedimentos e dificulta a apuração de eventuais desvios. O debate sobre o formato de gravação das câmeras corporais continua, mas fica evidente que a transparência deve ser prioridade na atuação das forças de segurança.

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