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Estado SP

GOVERNADOR TARCÍSIO DE FREITAS: UMA NOVA PERSPECTIVA SOBRE A CPI DA TV CULTURA

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou sua oposição à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TV Cultura. Ele planeja articular com sua base aliada para esfriar o tema. O pedido para investigar supostas irregularidades na Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura, foi protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Tarcísio acredita que a estrutura da Fundação Padre Anchieta não incentiva a captação de recursos próprios por razões históricas, o que acarreta custos para o Estado que não ocorreriam com uma administração mais empresarial. Segundo fontes do governo estadual, “Melhor do que uma CPI é um estudo que possa propor uma nova estrutura organizacional, que proporcione os ganhos de eficiência que precisamos”.

O controle da Fundação Padre Anchieta, que é regida por um conselho independente que tem forte influência da esquerda, se tornou um foco de atrito dentro do bolsonarismo e na base de apoio de Tarcísio. O pedido de CPI foi feito pelo vice-líder do governo, Guto Zacarias (União), e obteve 35 assinaturas, inclusive de líderes do PL, União Brasil, PP, Novo, PDT, PSD, além do próprio Republicanos, partido do governador.

Segundo deputados ouvidos pela CNN, a CPI não deve prosperar porque seria necessário um acordo de líderes para que ela furasse a fila de outras 5 comissões já instaladas. A CPI é defendida pela ala bolsonarista mais radicalizada, mas não tem respaldo dos deputados moderados.

O Governo de São Paulo repassa por ano R$ 120 milhões para a TV Cultura, mas essa verba cobre apenas a folha de pagamento de 750 funcionários CLT. Segundo fontes da emissora, esse valor chegou a R$ 240 milhões em gestões anteriores, mas a verba foi reduzida no governo Rodrigo Garcia. Tarcísio manteve o valor, que não é o suficiente para investimentos.

A emissora, porém, mantém contratos de prestação de serviços que garantem recursos extras para reforçar a programação. Segundo fontes do governo, a gestão Tarcísio avalia que a TV Cultura precisa passar por mudanças “estruturais” na TV e profissionalizar sua administração.

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