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Brasil

GREVE NO IBAMA PARALISA SETORES ESTRATÉGICOS DA ECONOMIA

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Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de 18 unidades da federação decidiram entrar em greve, com boa parte iniciando a paralisação nesta segunda-feira (24). Estados como Acre, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Tocantins estão entre os afetados. Os servidores reivindicam aumento salarial e reestruturação da carreira, buscando equiparação de salários aos da Agência Nacional de Águas (ANA), elevando o valor inicial de R$ 8.817,72 para R$ 15.058,12.

Essa greve, no entanto, não é uma novidade. Desde o início do ano, os servidores já realizavam operação padrão, o que impactou a emissão de licenças e a atividade de fiscalização. Segundo a Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), o Ibama aplicou 3.185 autos de infração de janeiro a maio, uma queda de quase 65% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 8.792 autos. Além disso, houve uma redução de 52% na emissão de licenças ambientais nos primeiros 30 dias deste ano.

O setor de óleo e gás é especialmente afetado. A operação padrão tem impedido a produção de cerca de 80 mil barris de petróleo por dia, resultando em um prejuízo mensal de US$ 200 milhões para a economia. Além disso, o governo deixa de arrecadar aproximadamente US$ 106 milhões em tributos mensalmente. A preocupação é que a greve anunciada para 24 de junho possa agravar esses impactos, afetando a receita da União, Estados e Municípios, bem como o cronograma de novos projetos.

Dados levantados pelos servidores do Ibama no Rio de Janeiro indicam que pelo menos dois gasodutos e dez pedidos para pesquisa sísmica e perfuração de poços já foram diretamente afetados pela mobilização. A greve pode resultar em atrasos na entrada em operação de plataformas programadas para 2024 e 2025, bem como na interligação de cerca de 30 novos poços às unidades de produção previstas ainda para este ano.

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