conecte-se conosco
 
 

Brasil

IGP-10 DESACELERA E SURPREENDE: ALTA DE 0,45% EM JULHO FICA ABAIXO DAS EXPECTATIVAS

Publicado em

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou uma alta de 0,45% em julho, um resultado que ficou abaixo das expectativas do mercado, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Este desempenho representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice havia subido 0,83%.

A expectativa dos analistas era de um avanço de 0,82% na base mensal, mas o índice ficou bem aquém desse valor. Em 12 meses, o IGP-10 acumula uma alta de 3,38%. A desaceleração foi influenciada principalmente pela queda nos preços dos alimentos in natura, que registraram uma redução de 3,99% em julho, após uma alta de 3,30% em junho.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve uma alta de 0,49% em julho, comparado a 0,88% no mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou uma alta de 0,24% no mês, após subir 0,54% em junho. No IPC, destacaram-se as quedas nos preços de Alimentação (0,97% para -0,12%), Habitação (0,52% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,75% para 0,41%), Transportes (0,37% para 0,28%) e Comunicação (0,26% para 0,08%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,54% em julho, após uma alta de 1,06% em junho. Este índice reflete os preços na construção civil e também contribuiu para a desaceleração do IGP-10.

Segundo André Braz, economista do FGV IBRE, a desaceleração do IGP-10 foi influenciada por fatores sazonais e pela desvalorização do real em relação ao dólar. “No âmbito do produtor, a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu para essa desaceleração”, afirmou Braz.

A alta de 0,45% do IGP-10 em julho, embora positiva, ficou abaixo das expectativas do mercado, refletindo uma desaceleração influenciada principalmente pela queda nos preços dos alimentos in natura e pela menor pressão nos preços ao consumidor e na construção civil. Este resultado pode indicar uma tendência de estabilização dos preços nos próximos meses, mas ainda é cedo para afirmar com certeza.

Deixe o seu Comentário

Mais Visto da Semana