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🌍 CRISE NOS BASTIDORES DA COP30 | ONU ACUSA BRASIL DE FALHAS GRAVES EM SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA

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Imagens Pública da Internet

A COP30, que deveria ser o maior símbolo internacional de compromisso climático, virou palco de tensão, críticas e constrangimento diplomático. A ONU enviou uma carta dura ao governo brasileiro denunciando falhas na segurança e problemas estruturais considerados “inaceitáveis” para um evento desse porte.

O documento, assinado por Simon Stiell, chefe máximo da Convenção do Clima da ONU, expõe uma crise interna que o governo tenta minimizar — mas que ganhou repercussão global.


🔥 INVASÃO NA ZONA AZUL: O EPICENTRO DA CRISE

Na noite de terça (11), indígenas, movimentos sociais e estudantes invadiram o principal pavilhão da conferência, a chamada Zona Azul, área exclusiva e protegida onde ocorrem as negociações oficiais entre delegações.

A ONU afirma que manifestantes chegaram ao local sem qualquer impedimento, enquanto foram “observados pelas autoridades brasileiras, que falharam em agir”.
A carta classifica o episódio como “séria falha de segurança” e alerta para o descumprimento das obrigações assumidas pelo Brasil.


🚨 ONU COBRA AÇÃO, MAS PF TERIA RECEBIDO ORDEM PARA NÃO INTERVIR

O documento aponta outro fato alarmante:

  • Após a invasão, pequenas manifestações continuaram ao redor do pavilhão.

  • A ONU pediu à Polícia Federal que dispersasse os grupos.

  • Porém, segundo o texto, a PF informou ter recebido instrução da Casa Civil para não interferir.

A acusação abriu uma crise institucional nos bastidores da conferência.


🧱 INFRAESTRUTURA DEFICIENTE: PORTÕES FRÁGEIS, ALAGAMENTOS E BANHEIROS QUEBRADOS

A ONU também listou uma série de problemas estruturais:

  • Portões e portas considerados frágeis.

  • Número de agentes de segurança inferior ao prometido.

  • Alagamentos após chuvas, com risco à rede elétrica.

  • Temperaturas internas extremamente altas.

  • Ar-condicionado quebrado ou não instalado.

  • Banheiros com portas e vasos danificados.

Para muitos delegados, a situação foi descrita como “caótica”.


🏛 GOVERNO REBATE E DIZ QUE TUDO JÁ FOI RESOLVIDO

Em nota, a Casa Civil afirmou ter:

  • Aumentado o perímetro e o efetivo de segurança;

  • Instalado novos gradis e barreiras;

  • Acionado a Força Nacional em apoio à PF;

  • Corrigido goteiras, calhas e vazamentos;

  • Instalado novos aparelhos de ar-condicionado.

O governo disse ainda que está em diálogo constante com a ONU e que ajustes são “naturais em um evento dessa magnitude”.

Na noite desta quinta (13), o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, reforçou que a ONU já confirmou que os problemas de segurança foram solucionados, apesar de reconhecer falhas técnicas.


🌡 CRISE CLIMÁTICA: SAÚDE NO CENTRO DO DEBATE

Enquanto o embate político dominava os bastidores, as negociações continuaram. O tema de destaque foi a relação entre saúde e mudanças climáticas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi categórico:

“A crise climática é, antes de mais nada, uma crise de saúde pública.”

Casos como o tornado no Paraná, surtos de chikungunya na França e o avanço da dengue em regiões mais frias mostram o impacto direto da nova realidade climática.

O Brasil, junto a mais de 80 países, lançou o Plano Belém de Ação, que pretende reforçar a vigilância sanitária global e preparar sistemas de saúde para novos desafios.


💰 FINANCIAMENTO INTERNACIONAL GANHA FORÇA

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, afirmou que o eixo saúde–clima pode gerar empregos e oportunidades econômicas. O BID quer mobilizar R$ 30 bilhões para ações climáticas.

A União Europeia anunciou R$ 124 milhões ao Fundo Amazônia.


🔍 UMA COP MARCADA POR AVANÇOS — E POR EXPOSIÇÃO DE FRAGILIDADES

Apesar dos investimentos e anúncios, a COP30 acabou evidenciando um ponto sensível: a capacidade do Brasil de garantir segurança, estrutura e agilidade em um evento de liderança mundial.

A carta da ONU se tornou um símbolo dessa tensão e abriu um debate nacional sobre organização, gestão pública e credibilidade internacional.


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Fontes: ONU, Casa Civil, Ministério da Saúde, BID, União Europeia.

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